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França vai dar um “cheque-combustível” de 100 euros a quem recebe menos de 2000 euros por mês. Mas a medida coloca algumas questões e provoca críticas e interrogações.
Trata-se de “uma resposta excecional para uma situação excecional”, explicou o primeiro-ministro, Jean Castex, ao anunciar a medida.
Governo francês quer atenuar efeitos da escalada dos preços dos combustíveis.
Com efeito, a França vai dar a partir de Dezembro um “cheque-combustível” único de 100 euros a cerca de 36 milhões de pessoas que ganham menos de 2000 euros por mês, devido à escalada dos preços do gasóleo e da gasolina.
Recorde-se que, em Setembro, o Governo francês prometeu uma assistência financeira de 100 euros para cerca de seis milhões de famílias de baixos rendimentos para as ajudar a pagar as facturas da electricidade.
Agora, a medida foi alargada aos rendimentos abaixo de 2000 euros. para fazer face à subida dos preços dos combustíveis.
Castex anunciou igualmente que o congelamento dos preços do gás natural se manterá até ao fim do próximo ano.
A questão dos combustíveis é particularmente sensível em França depois do aparecimento do movimento “Coletes Amarelos”, que em 2018 começou por protestar contra o aumento dos impostos sobre os combustíveis.
No que respeita ao “cheque-combustível”, para os assalariados o montante aparecerá na sua « fiche de paie » (folha de salário ou recibo de vencimento). Mas, segundo Castex, as empresas não terão de avançar com o montante porque « beneficiarão ao mesmo tempo de um desconto nos seus encargos ».
Quanto aos reformados, será diretamente através da sua pensão que esta ajuda de 100 euros será paga.
De acordo com o chefe do Governo, a ajuda será distribuída por pessoa e não por « foyer », isto é, por exemplo, cada membro de um casal que receba menos de 2000 euros por mês receberá, cada um, a mesma ajuda de 100 euros.
