França. Segundo o ministro da Economia e Finanças, Bruno Le Maire, a colossal « dívida Covid » (230 mil milhões de euros) só será reembolsada em 2042.
Esta informação sobre o montante e a estratégia para pagar esta dívida francesa ligada à crise sanitária de 2020/2021, foi divulgada depois de, na quarta-feira, o ministro ter apresentado o projeto de Orçamento francês para 2022.
Bruno Le Maire indica que a dívida deverá ser reembolsada pelo crescimento da economia (e consequente aumento das receitas) e não por aumento de impostos.
De acordo com as contas do Governo, a pandemia provocou « uma subida excecional da dívida pública num montante avaliado em 230 mil milhões de euros, dos quais 165 mil milhões para o estado e 65 mil milhões de euros para a Segurança Social ».
No total, a dívida pública francesa era de 114,9% do PIB no fim de junho, depois de ter atingido 118,1% no fim de março, segundo informa o Instituto Nacional de Estatistica (INSEE). A diminuição da percentagem está ligada à retoma económica, segundo o INSEE.
No Orçamento para 2022, as previsões apontam para uma dívida pública de 115,6% no final deste ano e para 114% no próximo.
No fim de 2019, antes da crise ligada á pandemia de Covid-19, a dívida pública francesa atingia 97,6% do PIB.
O Tratado europeu de Maastricht, de 1992, fixava o limite de dívida pública em 60% do PIB, que a França ultrapassou a partir de 2002.
O montante global da dívida francesa atingia, no fim de março, 2.739 mil milhões de euros.