França/Eleições. O risco de um país ingovernável

Alfa/ Daniel Ribeiro

Presidente Macron promete mudanças mas sondagens continuam a dar extrema-direita largamente à frente e a incerteza domina os resultados eleitorais.

O Presidente Macron prometeu uma « profunda mudança » na governação numa carta que escreveu aos eleitores na qual lembra que as eleições dos dois próximos domingos (primeira e segunda voltas) são para escolher 577 deputados e um Governo e não um Presidente.

O Presidente afasta a hipótese da sua demissão em caso de forte derrota, anunciada pelas sondagens e apelou aos eleitores que escolham a via centrista, que está neste momento em terceiro lugar nas sondagens.

Duas sondagens mais recentes indicam que a União Nacional , de Jordan Bardella e Marine le Pen, conta com 35-36% das intenções de voto, à frente da aliança de esquerda Nova Frente Popular com 27-29,5 por cento, com os centristas de Macron em terceiro lugar com 19,5-22 por cento.

A vantagem dos nacionalistas é clara, mas é conveniente recordar que o sistema eleitoral francês, maioritário a duas voltas, não é habitualmente favorável aos partidos mais extremistas.

A União Nacional leva larga vantagem nas sondagens, mas este sistema eleitoral a duas voltas é normalmente desfavorável aos partidos como este que, entre as duas voltas,  demonstram mais dificuldades do que outros em efetuar desistências e negociações para a votação decisiva da segunda volta.

 

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