França: Emmanuel Macron perde maioria absoluta no parlamento

França: Emmanuel Macron perde maioria absoluta no parlamento, segundo as primeiras projeções eleitorais

 

Alfa/ com Expresso (Daniel Ribeiro)

Primeiras projeções sobre resultados da segunda volta das eleições legislativas francesas indicam que Presidente Macron perdeu a maioria absoluta e vai ter de governar em minoria.

 

Antes dos resultados finais da segunda volta das legislativas deste domingo, a grande questão era saber se os apoiantes do Presidente centrista Emmanuel Macron (coligação “Juntos!”) conseguiriam a maioria absoluta na nova Assembleia Nacional, que ele já tinha no anterior parlamento, mesmo sem ter necessidade de uma coligação.

Agora parece seguro que não a conseguiu, segundo as primeiras projeções. Segundo institutos de sondagens, a “Juntos!”, de Macron, conseguiria até ao máximo de 248 lugares, muito longe da maioria que é de 289 lugares.

Estes resultados, que necessitam de ser confirmados durante a noite, deixam prever grandes dificuldades para Macron governar, porque a maioria é “muito relativa”, segundo disse uma fonte ao Expresso – em França, é o chefe de Estado que preside ao Conselho de Ministros.

O líder da coligação de esquerda (NUPES – Nova União Popular de Esquerda e Socialista), Jean Luc Mélenchon, sonhou com a vitória para obrigar o chefe de Estado a uma coabitação, mas como se previa falhou esse objetivo.

No entanto, conseguiu uma vitória porque Emmanuel Macron terá perdido com clareza a maioria absoluta, o que o obrigará a governar em minoria ou em coligação com a direita do partido “Os Republicanos”.

A NUPES poderá alcançar o número de cerca de 156 deputados.

Quanto ao Ajuntamento Nacional (RN), de Marine Le Pen (nacionalista), conseguiu o seu objetivo de conquistar um forte grupo parlamentar – e, segundo as projeções, pela primeira vez com o atual sistema eleitoral uninominal maioritário a duas voltas, que não favorece este partido. Terá conseguido eleger mais de 80 deputados.

Quanto ao partido Os Republicanos (direita clássica), que poderá ser um apoio na Assembleia para Macron, terão conquistado 78 lugares.

Segundo as projeções, a abstenção nesta segunda volta foi enorme, de cerca de 54% do eleitorado.

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