Alfa
Foto de abertura de Soazig de la Moissonnière – Presidência francesa, foto oficial
A Assembleia Nacional Francesa rejeitou nesta segunda-feira, dia 11, um controverso projeto de lei de imigração. É uma pesada derrota política para o presidente Emmanuel Macron e o Governo, sublinham os observadores.
A esquerda, a direita e a extrema-direita votaram em conjunto mas por motivos diferentes contra o que se chamava a nova lei da imigração.
O projeto foi chumbado por 270 votos contra 265, através da aprovação de uma moção de rejeição. O ministro do Interior, Gérald Darmanin, que defendia a nova legislação, sai muito enfraquecido deste caso.
O texto chumbado incluia medidas para facilitar a expulsão de estrangeiros « delinquentes » e desencorajar futuras entradas, dois pontos que foram criticados pela esquerda.
Por outro lado, foi considerado demasiado liberal por alguns conservadores e pela extrema-direita, designadamente sobre o endurecimento do acesso gratuito aos cuidados de saúde para os imigrantes de fora da União Europeia, assim como a facilitação de contrato de trabalhadores por exemplo para o setor da restauração.
Segundo contas oficiais citadas por agências e a imprensa, a França tem 5,1 milhões de estrangeiros regularizados, equivalentes a 7,6 por cento da sua população, e acolhe meio milhão de refugiados. Os cidadãos estrangeiros ilegais serão entre 600.000 a 700.000, de acordo com estimativas das autoridades.