Governo francês repatria dez mulheres e 25 crianças de campos de extremistas na Síria
« Os menores foram entregues aos serviços responsáveis pelo bem-estar das crianças » e serão submetidos a um acompanhamento médico e social, enquanto « os adultos foram entregues às autoridades judiciárias competentes », declarou o Quai d’Orsay, MNE francês, em comunicado.
« França agradeceu à administração local do nordeste da Síria pela sua cooperação, que tornou possível esta operação », indicou, na mesma nota.
As francesas tinham viajado voluntariamente para territórios controlados por grupos extremistas islâmicos na zona entre o Iraque e a Síria, tendo sido capturadas aquando da queda do movimento fundamentalista Estado Islâmico, em 2019.
Qualquer adulto que tenha entrado naquela zona e aí permanecido está sujeito a um processo judicial.
No verão de 2022, a França pôs termo à política « caso a caso », que lhe valeu a condenação das instâncias internacionais e a censura dos órgãos consultivos franceses.
Numa primeira operação coletiva, foram repatriadas para França 16 mulheres e 35 crianças, seguidas, em outubro, de 15 mulheres e 40 crianças.
Em janeiro, o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês anunciou o repatriamento de 15 mulheres e 32 crianças, alguns dias depois de ter sido condenado pelo Comité contra a Tortura da ONU.