França votou nas municipais mas quase só se fala da crise sanitária (Alfa/Expresso)
Por Daniel Ribeiro
Estranha noite eleitoral em França, onde decorreu hoje a primeira volta das eleições municipais.
Deveria ser uma noite de divulgação de resultados e de análise política, mas no país apenas se fala no Covid-19 e na pandemia que atinge o país (cuja gravidade levou aliás Portugal a decidir fechar, a partir de amanhã, 16, todos os seus consulados em França).
Segundo projeções, a abstenção bateu recordes da ordem dos 56% e a hipótese da anulação da segunda volta, prevista para domingo, 22, continua a ser debatida.
Devido á crise sanitária pouca gente parece querer saber quem ganhou ou fica melhor colocado para a segunda volta nas milhares de cidades, vilas e aldeias onde decorreu a votação.
Nos principais canais de informação permanente continua a ser privilegiada a informação sobre o Covid-19 (um último balanço, de ontem, indicava que morreram 91 pessoas em França, que 300 estão internadas em estado grave e que há cerca de cinco mil infetados).
Muitos franceses e comentadores dizem que o Governo e o Presidente Emmanuel Macron foram contraditórios: mandaram os franceses ficar o mais tempo possível em casa, fecharam quase tudo e … não adiaram as municipais.