O ciclista português Ruben Guerreiro (Education First-Nippo), que hoje abandonou a Volta a Itália devido a uma queda em massa no pelotão na 15ª etapa, contou à agência Lusa que fraturou duas costelas no acidente.
“Estou um bocado ‘amassado’. Confirmam-se duas costelas partidas. Fiquei embrulhado na queda. Quando me fui a levantar, a colocar-me na bicicleta, doía-me muito as costas. Tentei seguir, mas já não dava para continuar”, afirmou o ciclista da Education First-Nippo.
Guerreiro seguia em 15º da geral numa corrida em que, em 2020, ganhou uma etapa e a classificação da montanha, tendo sido apanhado por uma queda que envolveu dezenas de ciclistas logo nos primeiros quilómetros da 15ª etapa.
Segundo o ciclista luso, que foi transportado para o hospital pouco depois de abandonar, onde fez exames, a queda foi “impossível de evitar”, no que acabou por ser um momento “triste, feio e mau para a corrida”.
Ainda assim, mantém-se otimista, esperando que a recuperação não seja “muito longa”, com duas semanas de repouso, em Portugal, antes de voltar a colocar-se à disposição da equipa.
“Vou recuperar e depois depende do que a equipa quiser. Porque não a Volta a Espanha? (…) É uma corrida com muito calor, que gosto, perto de Portugal… gostava bastante”, declarou.
Sobre o Giro, lamenta a perda de oportunidade de fazer o que chama de ‘sua’ corrida. “Ia começar a minha corrida, tentar meter-me ao ataque de longe. Amanhã [segunda-feira] era uma boa oportunidade, mas calhou assim…”, desabafou.
Confirmado está também o abandono do alemão Emmanuel Buchmann (BORA-hansgrohe), sexto à geral e considerado um dos candidatos ao pódio final, mas também o eritreu Natnael Berhane (Cofidis) e o holandês Jos van Emden (Jumbo-Visma).
A 15ª etapa foi ganha pelo belga Victor Campenaerts (Qhubeka ASSOS), enquanto o colombiano Egan Bernal (INEOS) segurou a liderança da geral individual.
Com Agência Lusa.