Governo francês anuncia mobilização “excecional” de forças policiais para o 14 de julho

Foto. Emmanuel Macron, 22 março 2023, entrevista na France 2 e TF1 - (Foto de Ilustração) - Rádio Alfa

Governo francês anuncia mobilização “excecional” de forças policiais para o 14 de julho

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Alfa/com Lusa/agênciaslinkedin sharing button
whatsapp sharing buttonO Governo francês anunciou uma mobilização excecional de 45.000 polícias para os dias 13 e 14 de julho face ao risco de desordens e protestos durante as celebrações da festa nacional.

Este dispositivo será semelhante ao que foi montado durante os tumultos urbanos que agitaram recentemente o país, e será integrado por unidades de elite da polícia e da guarda nacional (« gendarmerie »), apoiadas por veículos blindados, precisou o ministro do Interior francês, Gérald Darmanin.

As medidas poderão prolongar-se para a noite do próximo sábado, implicando uma mobilização total de 130.000 polícias e guardas nacionais nos três dias.

Darmanin também anunciou a mobilização de milhares de bombeiros, e considerou que estas medidas pretendem evitar um ressurgimento da “extrema violência” que durante uma semana abalou a França após a morte de um adolescente pela polícia em 27 de junho.

Previamente, fonte oficial tinha indicado que o Presidente francês, Emmanuel Macron, decidiu renunciar ao tradicional discurso do feriado nacional de 14 de julho, data que tinha fixado para fazer um balanço aos « 100 dias de apaziguamento » das tensões registadas no país.

O chefe de Estado francês tinha feito este apelo ao apaziguamento em meados de abril.

Na altura, o país estava a sair de vários meses de tensões sociais causadas pela reforma das pensões pretendida por Macron, tendo o chefe de Estado então fixado a data, coincidente com o Dia Nacional de França – celebrado anualmente e que remonta à data da tomada da Bastilha (14 de julho de 1789) –, para uma « primeira avaliação » dos grandes projetos que deviam ser lançados para encerrar este capítulo.

Hoje, o gabinete da Presidência francesa anunciou que Macron não falará a 14 de julho e que se pronunciará « nos próximos dias », sem adiantar uma data.

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