Governo lança prémio literário para a Diáspora portuguesa

O prémio literário Ferreira de Castro foi criado nesta quarta-feira através de um protocolo assinado entre o secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro, e o presidente do conselho de administração da Casa da Moeda, Gonçalo Caseiro.
O período anual de envio dos originais decorre entre 1 de abril e 30 de maio. O prémio é de cinco mil euros e a obra escrita pode ser ficção, poesia ou ensaio mas terá de ser escrita por portugueses residentes no estrangeiro ou lusodescendentes.

O vencedor, que será escolhido anualmente, recebe, além dos cinco mil euros, a garantia de que a obra vencedora será editada pela Casa da Moeda num máximo de dois mil exemplares.

Os professores universitários Carlos Reis e Fátima Marinho e a editora chefe da Imprensa Nacional/Casa da Moeda, Paula Mendes são os membros do júri que vai selecionar e atribuir o prémio.

O escritor José Maria Ferreira de Castro (1898-1974) não foi escolhido por acaso para dar o nome ao prémio. O escritor foi ele próprio um emigrante desde os doze anos no Brasil, na região de Manaus, cuja vivência refletiu numa das suas obras de referência, A Selva.

As obras devem ser entregues a concurso assinadas pelos autores sob pseudónimo.

O objetivo é encontrar e seleccionar trabalhos escritos de « grande qualidade » nos domínios criativos citados.

As pessoas com vínculo ao Ministério dos Negócios Estrangeiros ou à Imprensa Nacional/Casa da Moeda são excluídas deste prémio destinado a valorizar a língua e a cultura portuguesas e as Comunidades emigrantes.

Ouça nesta quuinta-feira, na Rádio Alfa, a opinião do jornalista Carlos Pereira, residente em Paris, sobre esta notícia.

 

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