O grupo francês Engie obteve lucros de 5.200 milhões de euros em 2022, contra 2.900 milhões em 2021, um aumento de 78,4% explicado pelo aumento dos preços do gás e eletricidade na sequência da guerra na Ucrânia.
Num comunicado hoje divulgado, o grupo energético declarou que o volume de negócios no ano passado atingiu 93.900 milhões de euros, um aumento de 62,2%, enquanto o EBIT (Earnings Before Interest and Taxes) aumentou 47,2% para 9.000 milhões.
A CEO (Chief Executive Officer) da Engie, Catherine MacGregor, disse que durante 2022 o grupo acelerou os investimentos em energias renováveis, uma trajetória que pretende acelerar nos próximos dois anos, garantindo o fornecimento de energia aos seus clientes.
A empresa irá propor o pagamento de um dividendo de 1,40 euros por ação, o que representará uma distribuição de 65% do lucro líquido.
O grupo afirmou que as contas foram negativamente afetadas pela sua contribuição para o gasoduto Nord Stream 2, que foi paralisado por uma fuga, e por provisões para combustível nuclear belga, perdas parcialmente compensadas pela mais-valia resultante da venda da EQUANS.
Além disso, afirmou que os impostos sobre lucros inesperados adotados por alguns países, nomeadamente Bélgica e França, os dois países onde produz a maior parte da sua eletricidade, mas também em Itália, custaram 900 milhões de euros.
Com LUSA