Grupo PSA: 25 milhões em Mangualde nos próximos anos para produção de novo modelo

Grupo PSA quer investir 25 ME em Mangualde nos próximos anos para produção de novo modelo

Grupo PSA quer investir 25 ME em Mangualde nos próximos anos para produção de novo modelo

Alfa/Lusa

O diretor-geral da unidade de Mangualde do grupo PSA (Peugeot/Citroen) anunciou hoje o objetivo de investir até 25 milhões de euros nesta fábrica do distrito de Viseu para a produção de um automóvel a ser lançado em 2023.

“Estamos a tentar adaptar o produto atual, o carro que temos, às normativas do CO2. Haverá uma versão que irá emitir menos CO2 e estamos a tentar convencer a direção-geral e, trabalhando já com o Governo português e com os trabalhadores da fábrica para, entre todos, conseguirmos ter um projeto a médio prazo e num contexto automóvel , que não é nada simples neste momento, há muitas dificuldades ligadas às emissões, para que tenha um futuro também para Mangualde”, assumiu José Maria Castro.

Sem querer revelar qual é o modelo do automóvel em causa, José Maria Castro adiantou que “é a adaptação de um modelo atual aos novos valores de emissões de CO2” e o objetivo é “ter fechado o projeto nos finais deste ano para poder começar a trabalhar e lançar o carro em 2023”.

“Estamos a imaginar um investimento entre 20 a 25 milhões de euros”, esclareceu o diretor-geral da fábrica, que “é a melhor do grupo PSA”.

Por isso, admitiu, é preciso “continuar a trabalhar, porque o fundamental neste mundo industrial automóvel que é brutal, é ser os melhores”.

Neste sentido, José Maria Castro disse estar seguro que vai “cá continuar por muitos anos”.

O diretor-geral da PSA de Mangualde assumiu que o investimento será, “sobretudo, para melhorar as instalações e depois a mão-de-obra”. Precisou, contudo, que “não haverá aumento da mão-de-obra, mas sim mais qualificada”.

“Para sermos competitivos e para automatizar, vamos ter indústria quatro ponto zero que em parte leva a uma automatização, portanto, mão-de-obra não vamos ter mais. Seguramente que não, mas vamos ter mão-de-obra muito mais qualificada que é também o que precisa este país, porque mão-de-obra é pouca, então, a que temos tem de ser cada vez mais qualificada”, sublinhou.

O diretor-geral falava no dia em que a PSA Mangualde festejou o centenário da Citroën, e 55 anos em Mangualde, com o descerramento de uma placa na rotunda à entrada da cidade, a 2CV, em homenagem ao modelo icónico da marca que viu o seu último exemplar ser produzido nesta unidade fabril.

Um “momento simbólico”, que contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Mangualde e que viu neste ato uma forma de “homenagear todos os mangualdenses”, uma vez que esta fábrica “é grande importância para as gentes e para o território” da região.

“É uma fábrica de emprego para muita gente de muitos concelhos e, por isso, devo referir a importância que a administração, o corpo laboral e as medidas que o Governo pode tomar sapo necessárias e importantes e de grande responsabilidade para o futuro”, defendeu João Azevedo.

O autarca disse acreditar que “todos serão fortes e se vão entender no sentido de saber aquilo que é mais importante que é a fábrica continuar em Mangualde, em Portugal, produzir novos modelos e com mais competitividade”.

“Durante várias décadas foi-se ciclicamente repetindo que a fábrica podia um dia não estar em Mangualde. Bem, essa é uma repetição que acontece, mas não é verdadeira. A fábrica está cá, esteve cá e vai manter-se cá em Mangualde durante muitos anos”, acentuou João Azevedo.

Para assinalar o dia, desfilaram pela cidade, desde a fábrica e até ao largo da câmara municipal, dezenas de modelos da Citroën, desde os mais antigos até aos mais atuais e, entre eles, estava um Citroën DS Henri Chapron Palm Beach, o único exemplar em Portugal, dos 30 que foram produzidos.

 

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