Guarda-redes Rui Patrício termina a carreira aos 37 anos 

Guarda-redes Rui Patrício termina a carreira aos 37 anos (Foto. fpf.pt).

O guarda-redes Rui Patrício, que estava sem clube desde junho, terminou a carreira de jogador, aos 37 anos, anunciou hoje a Federação Portuguesa de Futebol (FPF), que vai organizar uma cerimónia de despedida do campeão europeu de 2016.

A FPF informou, em comunicado, que o guardião mais internacional da história da seleção ‘AA’ (108 jogos) será homenageado na sexta-feira, a partir das 12:00, na Cidade do Futebol, em Oeiras, tendo destacado a “carreira ímpar” pela equipa das ‘quinas’ e a “enorme longevidade” de Patrício na baliza de Portugal.

Rui Patrício estava sem clube desde o final de junho, quando deixou o Al Ain, dos Emirados Árabes Unidos, ao serviço do qual realizou somente dois encontros, ambos no Mundial de clubes, depois de ter jogado nos italianos da Atalanta na época 2024/25.

O guardião, natural de Leiria, fez a formação no Sporting e representou a equipa principal dos ‘leões’ durante 12 anos, entre 2006/07 e 2017/18, num total de 467 jogos em todas as competições, sem nunca ser campeão nacional, mas em que arrecadou duas Taças de Portugal (2007/08 e 2014/15), duas Supertaças Cândido de Oliveira (2008 e 2015) e uma Taça da Liga (2017/18).

A estreia pelos ‘leões’ surgiu pela ‘mão’ de Paulo Bento, que o tinha orientado nos juniores ‘verdes e brancos’ e que o colocou a titular num encontro na Madeira, diante do Marítimo, em 19 de novembro de 2006.

O primeiro encontro, por si só, já ficaria na memória do então jovem de 18 anos e maior relevo ganhou face à exibição que teve com os madeirenses, segurando a vitória por 1-0 ao defender uma grande penalidade na segunda parte.

Esse seria o único encontro em que participou nessa época, mas na seguinte, em 2007/08, rapidamente se tornou ‘dono e senhor’ das redes ‘leoninas’ para não mais largar o estatuto que transportou até à saída em 2018 – então já como capitão de equipa -, envolto em polémica, já que foi um dos jogadores que rescindiu contrato com o clube lisboeta, na sequência da invasão de adeptos à academia de Alcochete.

Nessa altura, juntou-se à ‘armada’ portuguesa no Wolverhampton, clube treinado pelo compatriota Nuno Espírito Santo e que, meses mais tarde, chegaria a acordo com o Sporting para pagar 18 milhões de euros pela transferência do guardião.

Pelos ‘wolves’ contabilizou 127 partidas em três temporadas, quase tantas quantas as que disputou com a camisola da Roma (129) no mesmo período, entre 2021/22 e 2023/24, também sob o comando de um português, José Mourinho. Logo na primeira época com os ‘giallorossi’ venceu a primeira edição da Liga Conferência, numa final com o Feyenoord.

Finalizada a passagem pela capital italiana, manteve-se em terras transalpinas, mas mudou-se para Bérgamo, para representar a Atalanta, numa ‘aventura’ que se resumiu a seis jogos, apenas três dos quais na Serie A.

A surpreendente transferência para os Emirados Árabes Unidos serviu somente para jogar dois encontros pelo Al Ain no Mundial de clubes, na derrota com a Juventus (5-0) e na vitória sobre o WAC Casablanca (2-1).

Com a camisola de Portugal, Patrício conquistou o Euro2016 e a Liga das Nações de 2019, sendo que a última partida pela seleção lusa aconteceu em março de 2024, em jogo de preparação com a Suécia (5-2), em Guimarães, que antecedeu a presença da equipa das ‘quinas’ no último Campeonato da Europa.

A primeira das 108 internacionalizações, que fazem dele o guarda-redes com mais jogos pela seleção ‘AA’, surgiu em 17 de novembro de 2010, novamente ‘apadrinhado’ por Paulo Bento, que já tinha trocado o Sporting pela seleção nacional. A estreia com a camisola das ‘quinas’ não poderia ter sido mais memorável, tendo em conta o triunfo luso sobre a então campeã mundial em título Espanha, por 4-0, num particular no Estádio da Luz.

No total, Rui Patrício participou em cinco Campeonatos da Europa (2008, 2012, 2016, 2020 e 2024) e em três Mundiais (2014, 2018 e 2022), bem como na Taça das Confederações de 2017.

Apesar de ter sido chamado para o seu quinto Europeu da carreira no ano passado, na Alemanha, o guardião não foi utilizado pelo selecionador Roberto Martínez, que já tinha entregado o último reduto português a Diogo Costa.

Desde então, não mais voltou a ser convocado para a seleção nacional.

 

Com Agência Lusa.

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