Holanda e Reino Unido já começaram a votar para as Europeias. Ouça esta sexta-feira na Alfa a opinião de Daniel Ribeiro, diretor de antena, sobre as perspetivas para a UE depois das eleições para o Parlamento Europeu.
As eleições na Holanda são seguidas com atenção na Europa, já que o impulso populista esperado neste escrutínio poderá começar neste país, onde um partido eurocético, anti-imigração e cético quanto às questões climáticas lidera as sondagens.
As assembleias de voto no Reino Unido, chamado às urnas apesar do ‘Brexit’, abriram cerca das 07:00 locais (mesma hora em Lisboa), meia hora depois da abertura na Holanda.
No total, cerca de 360 milhões de eleitores votarão em 28 países para eleger 751 eurodeputados até domingo à noite.
Depois do Reino Unido e Holanda, os primeiros a abrir o ato eleitoral, segue-se a Irlanda, na sexta-feira, e Letónia, Malta e Eslováquia, no sábado. Na República Checa o voto prolonga-se por dois dias, sexta-feira e sábado.
Todos os outros Estados-membros, incluindo Portugal, que elege 21 deputados, escolheram domingo para a ida às urnas.
Além da abstenção, que tem crescido a cada nova eleição e nas últimas europeias (2014) foi de 57% no conjunto dos Estados-membros, estas eleições estão marcadas pela expectativa de uma maior fragmentação do Parlamento Europeu, com a ‘coligação’ maioritária entre conservadores e socialistas ameaçada pelo crescimento de liberais e nacionalistas.
Outra das particularidades deste exercício eleitoral é a provável alteração da composição do hemiciclo e, consequentemente, da correlação de forças no PE aquando da saída do Reino Unido da União Europeia (UE).
Até que o ‘Brexit’ se concretize, o Reino Unido elege os seus 73 eurodeputados e o PE mantém os 751 lugares atuais.
A partir do momento que o país deixe de ser membro, o PE passa a ter 705 eurodeputados, com parte dos 73 lugares dos britânicos a serem redistribuídos por outros Estados-membros e parte a ficar numa ‘reserva’ para futuros alargamentos.