Holandeses e britânicos já votam nas Europeias. Vaga nacionalista em perspetiva na UE

BRUSSELS, BELGIUM - OCTOBER 24: The European Commission building is pictured on October 24, 2014 in Brussels, Belgium. Alongside criticism from outgoing European Commission president Jose Manuel Barroso on the UK's stance on EU immigration and a plan to quit the European Court of Human Rights, the UK has now been told to pay an extra ?1.7bn GBP (2.1bn EUR) towards the EU's budget because its economy has performed better than expected. (Photo by Carl Court/Getty Images)

Holanda e Reino Unido já começaram a votar para as Europeias. Ouça esta sexta-feira na Alfa a opinião de Daniel Ribeiro, diretor de antena, sobre as perspetivas para a UE depois das eleições para o Parlamento Europeu.

Holanda e Reino Unido já começaram a votar para as Europeias

Os britânicos e os holandeses começaram hoje a votar para eleger os seus representantes no Parlamento Europeu, num escrutínio cujo calendário se estende até domingo.

As eleições na Holanda são seguidas com atenção na Europa, já que o impulso populista esperado neste escrutínio poderá começar neste país, onde um partido eurocético, anti-imigração e cético quanto às questões climáticas lidera as sondagens.

As assembleias de voto no Reino Unido, chamado às urnas apesar do ‘Brexit’, abriram cerca das 07:00 locais (mesma hora em Lisboa), meia hora depois da abertura na Holanda.

No total, cerca de 360 milhões de eleitores votarão em 28 países para eleger 751 eurodeputados até domingo à noite.

Depois do Reino Unido e Holanda, os primeiros a abrir o ato eleitoral, segue-se a Irlanda, na sexta-feira, e Letónia, Malta e Eslováquia, no sábado. Na República Checa o voto prolonga-se por dois dias, sexta-feira e sábado.

Todos os outros Estados-membros, incluindo Portugal, que elege 21 deputados, escolheram domingo para a ida às urnas.

Além da abstenção, que tem crescido a cada nova eleição e nas últimas europeias (2014) foi de 57% no conjunto dos Estados-membros, estas eleições estão marcadas pela expectativa de uma maior fragmentação do Parlamento Europeu, com a ‘coligação’ maioritária entre conservadores e socialistas ameaçada pelo crescimento de liberais e nacionalistas.

Outra das particularidades deste exercício eleitoral é a provável alteração da composição do hemiciclo e, consequentemente, da correlação de forças no PE aquando da saída do Reino Unido da União Europeia (UE).

Até que o ‘Brexit’ se concretize, o Reino Unido elege os seus 73 eurodeputados e o PE mantém os 751 lugares atuais.

A partir do momento que o país deixe de ser membro, o PE passa a ter 705 eurodeputados, com parte dos 73 lugares dos britânicos a serem redistribuídos por outros Estados-membros e parte a ficar numa ‘reserva’ para futuros alargamentos.

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