Atualizado às 18h. Violentos incêndios alastram de Norte a Sul, em Portugal. Temperaturas acima dos 40 graus em diversas regiões

Foto de abertura: Imagem do combate ao incêndio que lavra na zona da Quinta do Lago, em Almancil, Faro, a 13 de julho. Duarte Drago – Lusa

Proteção Civil alerta para « tendência crescente de ignições”. Ao início da tarde de hoje verificavam-se fogos violentos do Norte ao Sul do país, do Gerês ao Algarve, passando pelo Porto, Braga e Coimbra. Casas e aldeias ameaçadas e atingidas pelas chamas, moradores de algumas zonas evacuados. Zonas nobres e turísticas do Algarve atingidas.

 

Às 17h locais, casas, quintais e zonas habitacionais continuavam ameaçadas ou a arder, designadamente também na região de Palmela. Incêndio em Ansião obrigou esta tarde à evacuação de duas aldeias. Entre as zonas e localidades atingidas e mais conhecidas figuram por exemplo Peneda-Gerês e a Quinta do Lago, onde até um campo de golfe terá ardido. 

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whatsapp sharing buttonSegundo a agência Lusa, a Proteção Civil registava ao final da manhã de hoje sete incêndios que indicavam “alguma preocupação” nos distritos de Leiria, Faro, Viseu e Viana do Castelo, num dia em que há “uma tendência crescente de ignições”.
Alguns destes fogos lavram já há vários dias dias – designadamente em Ourèm e Pombal.

Num balanço feito pelas 12h00 na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide, no concelho de Oeiras (Lisboa), o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes, afirmou que havia 11 incêndios ativos, dos quais sete “indicavam alguma preocupação”.

Segundo André Fernandes, os incêndios em curso mais preocupantes lavravam em Abiul, no concelho do Pombal, em Caranguejeira (Leiria), Monte Negro (Faro), Lindoso (Ponte da Barca), Abrunhosa-a-Velha (Mangualde), Portela (Monção) e em Freitas e Vila Cova (Fafe).

“Estes incêndios envolvem um total de 1.314 operacionais, 391 viaturas e 128 meios aéreos, o que significa que estão numa fase de ataque ampliado e o restante dispositivo, quer aéreo, quer terrestre, encontra-se em formatação de ataque inicial para garantir que novas ignições não se transformem em ignição de grande dimensão”, disse o comandante nacional.

André Fernandes alertou para “uma tendência crescente de ignições, algo que não é tolerável face à situação de risco”, sendo necessário “inverter esta subida de ignições”.

Segundo a ANPEC, desde o início do dia de hoje ocorreram 69 incêndios, sendo os distritos do Porto, Braga e Coimbra onde se registam mais ocorrências de fogo.

O comandante nacional disse ainda que foram reforçados os diferentes teatros de operações, especialmente na região Centro com 814 operacionais de diferentes tipologias de forças, desde corpos de bombeiros, elementos do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, GNR e Forças Armadas.

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