Oito meios aéreos estavam, cerca das 11:00 (em Paris) de hoje, a combater o incêndio que lavra há mais de uma semana na serra da Estrela, segundo o ‘site’ da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
De acordo com a mesma fonte, o incêndio mantém-se em curso e no terreno encontram-se 1.265 operacionais, apoiados por 404 viaturas.
Este fogo teve início no dia 06 em Garrocho, no concelho da Covilhã, e foi dado como dominado no sábado, mas sofreu uma reativação na segunda-feira.
Num ‘briefing’ às 19:00 de terça-feira, o comandante nacional de Emergência e Proteção Civil, André Fernandes, disse que esperava ter o incêndio na serra da Estrela dominado nos próximos dois dias, aproveitando a “janela de oportunidade” criada pelo desagravamento das condições meteorológicas, previsto a partir da madrugada passada.
“Contamos conseguir dar o incêndio como dominado nos próximos dois dias”, disse André Fernandes, na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide, Oeiras (Lisboa).
Na tarde de terça-feira, dois bombeiros ficaram feridos na sequência de um acidente rodoviário perto de Sarzedo, Covilhã, no distrito de Castelo Branco.
De acordo com a ANEPC, tratou-se de um acidente com um “veículo tanque” de combate a incêndios, pertencente aos Bombeiros Voluntários de Carnaxide (concelho de Oeiras, distrito de Lisboa), que terá resvalado e tombado.
“Vento será o inimigo ao longo do dia”
O comandante operacional Elísio Oliveira alerta que, “neste momento, ainda vamos continuar com o incêndio ativo”. “A área é muito extensa e temos muitos pontos quentes que carecem de uma intervenção assertiva por parte de todos os meios”, explicou aos jornalistas.
Segundo o responsável, os trabalhos da última noite tiveram um resultado “muito satisfatório”, mas dois pontos continuam a levantar preocupações: um a norte de Orjais, “uma das portas de saída onde estamos a concentrar meios”, incluindo dez meios aéreos; e outro no concelho da Guarda, próximo de Famalicão, onde também já há reposicionamento de meios.
“São pontos quentes que, com o vento que vamos ter ao longo de todo o dia, poderão obrigar-nos a ter uma maior atenção nestes dois pontos”, adiantou.
Elísio Oliveira explicou que “o vento será o inimigo ao longo do dia”. “Desde a madrugada que tem vindo a aumentar de intensidade” e poderá efetuar projeções, acrescentou.
Com RTP e Agência Lusa.