Incêndios/Portugal: “Nós vamos passar horas difíceis”, avisa primeiro-ministro

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, acompanhado pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro (D), fala durante uma conferência de imprensa sobre ponto de situação relativo aos incêndios em Portugal, na Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), Oeiras, 16 de setembro de 2024. O Governo vai prolongar a declaração de situação de alerta até ao final do dia de quinta-feira, face às previsões meteorológicas, adiantou hoje o comandante nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil. TIAGO PETINGA/LUSA

Incêndios: “Nós vamos passar horas difíceis”, avisa primeiro-ministro

 

O primeiro-ministro avisou hoje que o país vai viver “horas difíceis” nos próximos dias devido aos incêndios e apelou a que todos cumpram as instruções das forças de segurança e dos bombeiros.

Luís Montenegro falava à comunicação social na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), tendo ao seu lado o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, onde recusou que tenha havido atrasos quer na ativação do mecanismo europeu de proteção civil quer no corte de estradas.

“Nós vamos passar horas difíceis nos próximos dias, temos de nos preparar para isso e temos de nos juntar para isso”, avisou o chefe do Governo.

Dizendo querer deixar uma palavra de “tranquilização possível e de serenidade ao país”, Montenegro fez um apelo para que todos cumpram as instruções das forças de segurança e dos bombeiros.

“Às vezes elas colidem com a vontade e com os ímpetos mais diretos das pessoas, mas é para o bem delas e para todos os outros Aquilo que ainda hoje foi necessário fazer para desbloquear vias de comunicação e pessoas que estavam a ficar encurraladas em estradas, deve ser evitado ao máximo”, afirmou.

Questionado se, depois dos grandes incêndios de 2017, não seria possível ter evitado situações de pessoas cercadas pelo fogo estradas, o primeiro-ministro respondeu que “não vale a pena arranjar polémicas onde elas não existem”.

“Quando há fogos e quando há avanços, como houve, repentinos, há sempre situações de limite e de dificuldade. Estou muito à vontade, porque hoje estive numa dessas zonas e tive a ocasião, eu próprio, de falar várias vezes com a ministra da Administração Interna, de falar com o Comandante-Geral da Guarda Nacional Republicana, de falar com todos os presidentes de Câmara”, revelou.

Montenegro disse ter pedido, nesses contactos, “toda a colaboração e empenho para que as forças de segurança” pudessem evitar situações de perigo em vias de comunicação e que outras pessoas fossem retiradas dos locais onde estavam.

“Isso aconteceu e, portanto, funcionou. Sinceramente, acho que não é adequado estarmos agora a polemizar uma situação que funcionou. Dir-me-á, podia ter acontecido uma tragédia? Ai, isso pode e amanhã vamos continuar a ter essa iminência. Temos de ser verdadeiramente prudentes”, disse.

Alfa/ Lusa

Article précédentSíntese/Incêndios/Portugal. Perto de 5 mil operacionais combatiam 126 fogos ao fim da tarde de hoje
Article suivantIncêndios/Portugal: Número de mortos desde domingo sobe para quatro. 100 concelhos em perigo máximo