Incêndios/Portugal. O regresso do pesadelo do « fogo da morte ». Propriedades de emigrantes atingidas pelas chamas

Altas temperaturas começaram a baixar este sábado, mas a ameaça dos fogos que alastraram do norte a sul de Portugal continua.

Habitações foram atingidas pelas chamas, incluindo, claro, casas e propriedades de emigrantes e de outros portugueses. O pesadelo do « fogo da morte » de há cinco anos em Pedrógrão está de regresso a Portugal.

 

A violência dos incêndios – a área ardida neste verão, até agora, é de 38.600 hectares, a maior desde 2017, quando nesse ano tinham sido consumidas pelas chamas 74.340 hectares após o incêndio de Pedrógão Grande, é a segunda maior na década.

Este facto ressuscitou na memória dos portugueses a tragédia de Pedrógão, nas zonas mais fustigadas (muitas delas de novo nas regiões de Leiria e Pombal), que em 2017 deixou dezenas e dezenas de mortos e feridos nas estradas.

 

« Ninguém limpa o monte, ninguém corta a erva. Ninguém faz nada. É por culpa disto que há fogos. O Estado não faz nada », lamenta Agostinho, um português, em declarações, há dois dias, à agência espanhola EFE.

Os fogos, este ano, alastraram de norte a sul do país, atingindo mesmo zonas luxuosas do Algarve, chegando a destruir jardins de condomínios turísticos de luxo e um famoso campo de golpe na Quinta do Lago.

Os incêndios, que continuam vivos neste sábado apesar de um pequena baixa das temperaturas, deixaram milhares de hectares destruídos, dezenas de casas, quintas, quintais e herdades arrasadas.

Uma frase de um português registada pela EFE:

« Ontem isto era um pandemónio, hoje está igual. É até queimar o resto. Quanto queimar tudo, isto para. Já não fica nada para queimar, tem que parar ».

Há relatos, feitos por residentes portugueses nas televisões, de casas de emigrantes em França ameaçadas e de algumas suas propriedades já ardidas (bem como de outros portugueses residentes permanentes em zonas rurais).

 

« O que quer que façamos? Não podemos fazer nada. Está ali a casa do meu irmão, que está em França. E a minha lá em baixo, ontem o fogo ficou a 300 metros, chegou aos terrenos » – um testemunho de um português à agência espanhola numa reportagem.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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