As próximas 24 horas “vão continuar a ser muito complexas” no combate aos incêndios que lavram há vários dias nas regiões Norte e Centro de Portugal Continental, alertou ontem à noite o comandante Nacional de Emergência e Proteção Civil.
Mas uma sensível baixa das temperaturas no país, diminuição da força dos ventos e eventual chuva na próxima noite e amanhã deverão ajudar no combate aos incêndios que flagelam o país, sobretudo o norte e centro.
Numa conferência de imprensa, na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), em Carnaxide, no concelho de Oeiras (Lisboa), para fazer o ponto de situação às 20h00 do combate aos incêndios que lavram no país, André Fernandes destacou que “em particular a madrugada e o dia de quinta-feira vão continuar a ser muito complexas”.
De acordo com o responsável, os incêndios “têm ainda muita intensidade e energia”.
Sete pessoas morreram e cerca 120 ficaram feridas, das quais 10 em estado grave, devido aos incêndios que atingem desde domingo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga e Viseu, e que destruíram dezenas de casas e obrigaram a cortar estradas e autoestradas.
A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 106 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro, já arderam perto de 76 mil hectares.
O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias e alargou até quinta-feira a situação de alerta, face às previsões meteorológicas.
Esta manhã, a situação já era mais calma em diversas frentes dos incêndios. Entretanto esta manhã estava a ser confirmada a previsão de descida da temperatura, diminuição do vento e aguaceiros em algumas regiões do continente.
Alfa/ com Lusa e outras fontes