Dois investigadores do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), no Porto, venceram este ano o concurso de engenharia organizado pelo Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE), anunciou hoje a instituição.
Depois de em 2014 e 2017 vencerem o concurso organizado pelo IEEE, uma instituição dedicada ao desenvolvimento tecnológico, os investigadores Leonel Carvalho e Vladimiro Miranda voltaram, este ano, a ser os “únicos portugueses a conseguir o galardão” deste concurso de engenharia que decorreu nos Estados Unidos, refere, em comunicado, o INEC TEC.
Segundo o instituto, a competição, designada “Modern Heuristic Optimization”, desafiava os investigadores a resolver dois problemas de otimização que não tinham por base a matemática, mas sim “fenómenos naturais” relacionados com sistemas elétricos de energia.
“Estes problemas são aqueles que se prevê que a indústria a atuar no setor da energia elétrica vá enfrentar de forma generalizada num futuro próximo. Foi, nesse sentido, que o IEEE procurou estimular a produção de respostas que possam ser objeto de translação para o mundo empresarial”, acrescenta.
De acordo com Leonel Carvalho, citado no comunicado, “estes métodos podem fornecer soluções excelentes para problemas complexos”, contudo, é necessário “continuar a estudar” para “avançar no seu estado de robustez”.
Em 2012 Vladimiro Miranda, diretor associado do INESC TEC e professor catedrático da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), propôs o conceito EPSO – Evolutionary Particle Swarm Optimization – e, desde então, o conceito tem vindo a afirmar-se “internacionalmente”.
O INESC TEC sustenta que foi o conceito EPSO, em combinação com outra técnica de otimização, designada Cross-Entropy Method, a “chave” do sucesso dos investigadores portugueses.
Quanto à edição do próximo ano, e à qual os investigadores vão novamente concorrer, Leonel Carvalho revelou que os temas vão relacionar-se com “o planeamento da expansão da rede de transporte e a otimização da flexibilidade nos Sistemas de Energia”.
Alfa/Lusa