JMJ: PR afirma que desconhecia custo do altar-palco e saúda declarações de Américo Aguiar

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, fala aos jornalistas à entrada para a cerimónia evocativa por ocasião do Dia Internacional em Memória do Holocausto realizada no Cine-Teatro Capitólio, Lisboa, 26 de janeiro de 2023. MANUEL DE ALMEIDA/LUSA

O Presidente da República afirmou hoje que desconhecia o custo do altar-palco a construir em Lisboa para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) e saudou as declarações do bispo Américo Aguiar sobre esta matéria.

Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas à porta do Cineteatro Capitólio, em Lisboa, a propósito de uma notícia SIC a quem fonte não identificada do Patriarcado de Lisboa disse que o chefe de Estado sabia do custo do polémico altar-palco, que é de cerca de cinco milhões de euros.

« Está esclarecido, D. Américo Aguiar acabou de dizer, desmentindo a nota do Patriarcado, que o Presidente da República não sabia o valor do altar. E, portanto, a Igreja, e bem, desmentiu aquilo que tinha vindo numa nota do Patriarcado e que tinha provocado a minha estupefação », declarou o Presidente da República.

O chefe de Estado, que falou pouco depois da conferência de imprensa do bispo auxiliar de Lisboa e presidente da Fundação JMJ 2023, considerou, por outro lado, que Américo Aguiar, « e muito bem », se mostrou « sensível à compatibilização de dois objetivos: um, que a jornada seja uma projeção de Portugal no mundo; segundo, que tenha em linha de conta as circunstancias económicas e sociais vividas neste momento ».

Marcelo Rebelo de Sousa referiu ainda que, « e como também o senhor D. Américo Aguiar disse, estão em curso uma série de diligências e de reuniões nas próximas semanas respeitantes não especificamente apenas ao altar mas a várias das componentes daquilo que é o conjunto de obras, o conjunto de iniciativas para ser possível fazer a jornada ».

Serão reuniões entre « Governo, câmaras, técnicos, Igreja sobre essa matéria », sobre as quais conta ser « mantido ao corrente ».

« Vamos esperar por essas reuniões, em que estão envolvidas aquelas entidades que são decisivas para que seja concretizada. O Presidente já disse o que disse, o senhor D. Américo Aguiar concordou com aquilo que eu disse. Vamos esperar », acrescentou.

O Presidente da República frisou que « não tem responsabilidade » na organização da JMJ e escusou-se a responder se fez algum contacto no sentido de uma redução de custos.

Hoje, mais cedo, o Presidente da República afirmou esperar que as cerimónias da Jornada Mundial da Juventude, encontro católico que Portugal irá acolher entre 01 e 06 de agosto, respeitem o período atual e a « visão simples, pobre, não triunfalista » do papa Francisco.

No Cineteatro Capitólio, Marcelo Rebelo de Sousa participou no fim de uma cerimónia evocativa por ocasião do Dia Internacional em Memória do Holocausto, que se assinala na sexta-feira, 27 de janeiro.

Nesta cerimónia, em nome do Estado português, o chefe de Estado disse umas breves palavras, reafirmando a mensagem que deixou em janeiro de 2020, quando participou no 5.º Fórum Mundial do Holocausto, em Jerusalém: « Nós não esquecemos, nunca esqueceremos o holocausto ».

 

Com Agência Lusa.

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