Jornal francês Le Figaro afirma que Portugal está a fabricar e já está pronto para exportar máscaras num artigo com o título « Masques au Portugal: une puissante industrie textile qui songe déjà à exporter ».
Além de elogiar a forma como Portugal tem combatido a epidemia, limitando a sua propagação, o diário francês diz que « várias cententas de empresas » da área têxtil responderam positivamente ao apelo do Governo português para virarem a produção para as máscaras de proteção contra o novo coronavírus.
Segundo Le Figaro, esta decisão relança a economia no setor têxtil que « estava praticamente parada » devido à pandemia.
Em Portugal, este assunto também é notícia porque a Confederação Europeia do Têxtil e do Vestuário quer colocar Portugal a exportar 515 milhões de máscaras certificadas e reutilizáveis para toda a Europa. Pedido já foi feito junto da Comissão Europeia.
A produção de máscaras pode, assim, ajudar muitas empresas que cessaram a produção devido à Covid-19 — quase dois terços (64%) das empresas do têxtil e do vestuário aderiram ao « layoff » (desemprego parcial).
Para serem usadas e exportadas, as máscaras precisam de serem certificadas e esse processo junto do Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário (CITEVE) está já a acontecer.
Essas máscaras começam a estar disponíveis no mercado português a partir de maio.
O material deve ter uma filtração de, pelo menos, 70% das partículas, no caso da população em geral, e de cerca de 90% para profissionais que contactam com o público.