Legislativas francesas. Mélenchon e Macron empatados na 1ª volta

Legislativas francesas

Mélenchon e Macron empatados na 1ª volta

 

Alfa / Expresso (adaptação Alfa)

 

A “Nupes”, coligação de forças de esquerda e ecologistas liderada pelo líder da esquerda radical, Jean-Luc Mélenchon, e a “Juntos!”, formação que integra centristas de direita, incluindo socialistas moderados e os apoiantes do Presidente Emmanuel Macron, estão praticamente empatados segundo as primeiras estimativas da primeira volta das eleições legislativas, que decorreu hoje em França.

As primeiras projeções sobre os resultados indicam que a NUPES chegou em primeiro com 26,2 por cento, seguida da Juntos! (25,8%) e pelo Ajuntamento Nacional de Marine le Pen, extrema-direita (19,1%).

 

O objetivo do Presidente Emmanuel Macron é conseguir, na segunda volta, uma maioria absoluta para avançar com o seu programa de reformas previsto para o seu segundo mandato, mas nada ainda é certo para ele porque a coligação de Mélenchon pode complicar-lhe seriamente o projeto.

 

No entanto, a realidade é que, apesar da dinâmica favorável à esquerda, nada ainda ficou decidido nesta primeira volta e a esquerda tem menos reservas de votos para a segunda volta do que a coligação que apoia Emmanuel Macron.

Com efeito, depois da primeira volta de hoje, vão decorrer intensas manobras e negociações de bastidores para a segunda volta do próximo domingo. Trata-se de uma “tradição” francesa, onde continua em vigor o sistema eleitoral uninominal maioritário a duas voltas, considerado obsoleto por muitos observadores.

O resultado é que, no próximo domingo, na segunda volta, o número de assentos parlamentares que cada partido ou coligação conseguirá não corresponderá ao voto que obteve na primeira volta que, contudo, é o que na realidade representa a verdadeira relação de forças das diversas formações partidárias na cena política francesa.

Talvez por este motivo – porque o sistema proporcional não existe em França nas legislativas – seis semanas depois das eleições presidenciais, a participação nas atuais eleições foi historicamente baixa, com um recorde de abstenção de perto de 53 por cento, segundo diversas estimativas de institutos de sondagens.

Segundo projeções para a segunda volta a coligação Juntos! poderá alcançar a maioria absoluta no Parlamento no próximo domingo, 19 de junho.

 

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