Lisboa prepara transportes pagos por telemóvel – informa o Expresso (edição semanal) deste sábado
No final de 2020, vai ser possível usar o telemóvel para validar entradas em todos os transportes públicos da AML. Projeto aprovado pela Comissão Europeia vai custar €21 milhões, acrescenta o Expresso em TEXTO RAQUEL ALBUQUERQUE ilustrado com FOTO de NUNO BOTELHO.
Depois da entrada em vigor do passe único com preços reduzidos, a Área Metropolitana de Lisboa (AML) vai avançar para uma segunda grande transformação nos transportes públicos. O objetivo é que no final do próximo ano já não seja preciso andar com passe ou bilhete em papel: bastará o telemóvel para pagar e validar a entrada em todos os transportes. A medida vai exigir a substituição dos validadores de bilhetes nos autocarros, elétricos e estações de comboio, barco e Metro, num projeto de 21 milhões de euros que será cofinanciado pela Comissão Europeia.
“É uma modernização integral do sistema de bilhética que vai permitir às pessoas andar nos transportes públicos com base no telemóvel e com pagamento por cartão bancário integrado. Mas também lhes vai permitir receber informação em tempo real para saber, por exemplo, se há algum serviço a falhar, a que horas vem o próximo autocarro e se vem cheio ou não”, explica Miguel Gaspar, vereador da Mobilidade na Câmara Municipal de Lisboa (CML).
A possibilidade de usar o telemóvel como ‘passe virtual’ não irá impedir que os bilhetes em papel ou os cartões Lisboa Viva continuem a ser utilizados. “A diferença é que passa a haver um outro canal de acesso e com mais informação para o utilizador”, aponta o vereador. Além disso, o atual sistema está ultrapassado e exige uma renovação estrutural, frisa. “Quando foi lançado, era o mais evoluído do mundo. Mas foi em 1996. E agora é o sistema que mais viagens processa no país inteiro, com 2 milhões de validações todos os dias.”
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