O Presidente da China, Xi Jinping, defendeu hoje que Macau deve procurar ter um papel de maior relevância no mundo e ser mais aberto a pessoas vindas de fora da região semiautónoma.
« Espero que Macau abrace diversidade e inclusividade », disse Xi, num discurso proferido no território, em que mencionou também « maior abertura (…) e solidariedade ».
« É importante esforçar–se para atrair os melhores talentos », sublinhou o líder chinês, que reiterou a necessidade de diversificação da economia da cidade, altamente dependente do turismo e dos casinos.
O líder chinês disse que Macau teve « a projeção e visibilidade internacionais significativamente aumentadas » nos últimos cinco anos, nomeadamente através da cooperação com os países de língua portuguesa.
Mas defendeu que a região « pode também buscar desempenhar um papel maior no palco internacional » e ter « uma visão mais ampla ».
« Qualquer pessoa que apoie ‘um país, dois sistemas’ e ame Macau como o seu lar, é um nativo que ‘tomou água do Lilau’ e uma força positiva que contribui para o desenvolvimento de Macau », defendeu Xi.
O conceito ‘um país, dois sistemas’, originalmente proposto pelo líder chinês Deng Xiaoping (1904-1997) e aplicado pela primeira vez em 1997 e 1999, com a transferência de soberania de Hong Kong e da administração de Macau, respetivamente, prevê ao longo de 50 anos um determinado grau de autonomia para as duas regiões, com foco no respeito pelas liberdades e garantias dos cidadãos.
Xi Jinping fez ainda referência a um ditado, segundo o qual quem bebe da água da fonte no Lilau, um dos primeiros largos de estilo português da cidade, « cedo ou tarde volta a Macau ».
Rádio Alfa com Lusa