O Presidente, Emmanuel Macron, garantiu hoje que as declarações feitas na segunda-feira sobre um possível envio de tropas ocidentais para a Ucrânia não foram fortuitas, assegurando que « cada palavra » sobre o tema é « pensada e medida ».
O Presidente francês, que esteve hoje presente na inauguração da vila olímpica, admitiu que aquele não era o local ideal para fazer « avaliações geopolíticas », mas deu a entender que mantém as declarações sobre a Ucrânia, avançou o canal de televisão France Info.
Os ecos destas palavras chegaram também a Moscovo, tendo o Presidente russo, Vladimir Putin, alertado hoje que existe uma ameaça real de guerra nuclear em caso de escalada do conflito na Ucrânia.
« Tem-se falado sobre a possibilidade de enviar contingentes militares da NATO [Organização do Tratado do Atlântico Norte] para a Ucrânia. Lembremo-nos do destino daqueles que enviaram contingentes contra o nosso país », afirmou.
« Agora as consequências para possíveis intervencionistas serão muito mais trágicas », assegurou Putin.
Também o conselheiro sénior da presidência ucraniana, Mikhailo Podoliak, comentou as declarações de Macron, afirmando « acolher com satisfação » qualquer proposta para melhorar a ajuda ocidental a Kiev.
« Os líderes de vários países europeus sugerem (…) introduzir novas variáveis e delinear o que pode ser feito. E isso é excelente », disse.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, já tinha afirmado na quarta-feira que gostava que Macron lhe explicasse as suas declarações com mais pormenor na próxima reunião que planeiam realizar.
Com Agência Lusa.