O presidente francês, Emmanuel Macron, disse hoje, durante uma breve visita a Irpin, nos arredores de Kiev, que a Ucrânia “deve ser capaz de resistir e de vencer” e garantiu que a França está do lado dos ucranianos.
Questionado por jornalistas sobre as declarações em que dizia que a Rússia não deveria ser “humilhada”, opinião que foi muito criticada na Ucrânia, Emmanuel Macron garantiu que a França apoia a Ucrânia.
“A França está ao lado da Ucrânia desde o primeiro dia (…). Estamos ao lado dos ucranianos sem ambiguidades. A Ucrânia deve ser capaz de resistir e de vencer”, disse o presidente francês.
« Tudo será reconstruído » garantiu Mario Draghi
Por sua vez primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, disse que « tudo será reconstruído » na Ucrânia, país invadido pelas forças russas.
« Vamos reconstruir tudo », garantiu o primeiro-ministro italiano.
Os russos « destruíram jardins de infância, parques infantis. Tudo será reconstruído », disse Draghi aos jornalistas, depois de passear pelas ruas destruídas de Irpin ao lado do Presidente francês, Emmanuel Macron, do chanceler alemão, Olaf Scholz, e do Presidente romeno, Klaus Iohannis.
“Muito do que (os ucranianos) me disseram é sobre reconstrução”, continuou Draghi, referindo-se à “esperança” para “o que querem fazer no futuro”.
Draghi está de visita à Ucrânia numa comitiva que conta com o chanceler alemão e os presidentes francês e romeno.
Os líderes europeus chegaram a Kiev onde participarão num encontro com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
Pelo seu lado, Olaf Scholz afirmou à imprensa alemã, pouco antes da sua chegada a Kiev, que o objetivo da sua viagem é garantir a solidariedade e a continuidade do apoio à Ucrânia perante a invasão russa.
“Não só queremos demonstrar solidariedade, como garantir também que a ajuda que estamos a organizar – financeira, humanitária, mas também de armamento – continuará. E que continuaremos com ela quanto tempo seja necessário para a luta pela independência da Ucrânia”, disse.
Macron, Scholz e Draghi viajaram juntos durante toda a noite num comboio especial que partiu de uma estação na Polónia, não identificada, de acordo com imagens divulgadas por meios de comunicação alemães e italianos.
Os dirigentes viajaram cada um na sua carruagem, mas mantiveram uma reunião de cerca de duas horas para preparar um encontro com Zelensky, informou a agência italiana ANSA.
Esta viagem acontece num momento chave, poucos dias antes do Conselho Europeu de 23 e 24 de junho, do qual a Ucrânia espera um gesto simbólico muito forte, com o apoio da candidatura deste país à União Europeia.
O Palácio do Eliseu insistiu que falta encontrar “um equilíbrio entre as aspirações ucranianas” e as de outros países candidatos à entrada na UE já envolvidos em negociações, além de que “não há que desestabilizar nem fraturar a UE”.
Com Agência Lusa.