Mãe portuguesa com crianças sem-abrigo em Paris já tem casa e trabalho, segundo informa o JN (Jornal de Notícias)
A mãe portuguesa que vivia com duas crianças na rua, em Paris, França, já tem casa e trabalho, depois de um grupo de portugueses ter ajudado a família através de uma página no Facebook.
O grupo, com o nome « Iniciativa de apoio à família portuguesa sem abrigo em Paris », foi criado no passado dia 16, depois de ter sido publicada a notícia de que aquela mãe vivia na rua com duas crianças, uma história contada no jornal francês « Le Parisien ». Conta já com mais de 140 membros, que terão conseguido oferecer um lar à família e um trabalho à mãe.
« É com emoção que partilho esta notícia com todos vós; esta família já tem um tecto e a mãe um trabalho », escreveu no Facebook Ivo Margarido, administrador do grupo. « Depois de um bom jantar oferecido por bons amigos que o Universo colocou no meu caminho, esta mãe e as suas crianças vão dormir no conforto de um lar, estando rodeadas de pessoas com uma essência generosa ».
« Esta mãe precisa de mais algumas ajudas, nomeadamente um computador com Autocad para poder desenvolver alguns projetos, uma vez que também é Arquitecta de formação. Por todos vamos conseguir », acrescentou Ivo Margarido, pedindo compreensão para o facto de se ter comprometido « a garantir o anonimato desta família ».
O Estado Português tem acompanhado a situação desta família portuguesa desde o início de dezembro, através do consulado geral de Portugal em Paris, que « está em contacto com as autoridades francesas competentes », referiu a Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas, no passado dia 16. No entanto, a mãe rejeitou o apoio social disponibilizado.
Crianças estudam numa estação de comboios
O jornal francês Le Parisien publicou uma reportagem sobre a vida de uma mulher portuguesa, de 37 anos, que vivia sem abrigo com os dois filhos menores, de 13 e 8 anos, na Île-de-France, região de Paris.
No seu site, o jornal mostrava que as duas crianças frequentavam a escola, em Athis-Mons, onde eram os primeiros a chegar e os últimos a sair, quando o estabelecimento de ensino encerrava as portas.