Mãe portuguesa com duas crianças sem-abrigo em Paris rejeitou apoio social disponibilizado

A Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas disse esta segunda-feira que a mãe com duas crianças que vive na rua, em Paris, foi contactada pelo consulado geral na capital francesa, que acompanha a situação, mas rejeitou o apoio social disponibilizado.

O Estado Português tem acompanhado a situação desta família portuguesa desde o início de dezembro, através do consulado geral de Portugal em Paris, que « está em contacto com as autoridades francesas competentes », referiu a secretaria de Estado.

« Foi também possível estabelecer contacto com a cidadã nacional em causa, a quem foi disponibilizado apoio social, tendo esse apoio sido rejeitado », acrescentou a entidade governamental.

Em resposta por escrito a questões colocadas pela agência Lusa a secretaria de Estado assegura, porém, que « a situação desta família continuará a ser acompanhada com a máxima atenção, tendo em conta que estão envolvidos dois cidadãos menores ».

De acordo com dados da secretaria de Estado, em 2018, foram reportados 31 casos de « carência social » ao consulado geral de Paris, adiantando que estes casos de necessidade social são encaminhados para as autoridades francesas competentes, mas « contam também com o apoio da parte de associações sociais da comunidade portuguesa em França ».

O jornal francês Le Parisien publicou uma reportagem sobre a vida de uma mulher portuguesa, de 37 anos, que vive sem abrigo com os dois filhos menores, de 13 e 08 anos, na Île-de-France, Paris.

No seu ‘site’, o jornal mostra que as duas crianças frequentam a escola, em Athis-Mons, onde são os primeiros a chegar e os últimos a sair, quando o estabelecimento de ensino encerra as portas.

Segundo a reportagem, a família foi parar à rua por falta de vagas nas pensões sociais de apoio aos sem-abrigo, na habitação social e por falta de emprego estável da mãe das duas crianças.

E mostra ainda que, depois da escola, as crianças fazem os trabalhos de casa e estudam numa estação da RER, a rede de comboios regionais da Île-de-France, com o banco a servir de secretária.

 

Alfa/Lusa.

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