Mais um sábado de manifestações com incidentes graves em Paris. As zonas dos Campos Elísios, do Palácio da Presidência da República, dos principais ministérios, da Assembleia Nacional e de Notre-Dame estão protegidas. Mas rebentaram incidentes desde o fim da manhã entre as praças da Bastilha e da República.
Alfa/Expresso. Por Daniel Ribeiro (adaptação)
Diversas cidades francesas voltam a viver mais um sábado sob alta tensão. É o 23º sábado consecutivo de manifestações dos “coletes amarelos”.
“Isto nunca mais acaba?”, pergunta, exasperada, a empregada do café L’Arsenal de la Bastille, numa das esquinas da praça, onde começa o Boulevard Bourdon.
O movimento de revolta contra o Presidente Emmanuel Macron dura há mais de cinco meses e, neste sábado, a mobilização parecia reunir alguns milhares de pessoas espalhadas por diversas ruas entre as praças da Bastilha e da República.
Os manifestantes continuam a pedir a demissão Emmanuel Macron – que deverá falar ao país sobre esta crise na próxima quinta-feira (tinha previsto uma comunicação para anteriormente, mas adiou-a devido ao incêndio na Catedral de Notre-Dame).
Os incidentes, com incêndios de mobiliário urbano, bombas lacrimogéneas e confrontos com agentes da polícia (atacados com pedras e outros objetos) são esporádicos, mas já duram desde o fim da manhã e atingem diversas zonas do centro de Paris – Bastilha, Richard Lenoir, Saint-Ambroise, boulevard Voltaire e praça da República.