Mais um sábado « normal » em Paris. O 12º consecutivo com violência

Mais violência, em mais um sábado ‘normal’ em Paris, o 12º consecutivo.

Alfa/Expresso. Por Daniel Ribeiro

YOAN VALAT/LUSA

Novas manifestações dos “coletes amarelos” em França. Milhares de pessoas desfilaram em toda a França pelo 12º sábado consecutivo desde o início do movimento, em novembro de 2018. Confrontos graves esta tarde com a polícia na zona da praça da República (no centro de Paris)

Já quase todos os franceses se habituaram a este tipo de notícias: mais um sábado de manifestações dos “coletes amarelos” e de confrontos violentos com as forças da ordem.

Os incidentes semanais, muito radicais, todos os sábados, perturbam fortemente a vida dos franceses e o poder político francês desde há quase três meses.

Mas continuam, como se fossem algo do mais natural. Mais uma vez, este sábado, 02/02, os confrontos eclodiram na praça da República, de novo muito duros entre manifestantes e forças policiais.

Os “coletes” desfilaram este sábado em França em homenagem aos manifestantes feridos (cerca de dois mil), desde o início do movimento (3100 feridos no total, incluindo agentes policiais, de acordo com números oficiais).

Desde 17 de novembro de 2018, quando começaram as manifestações dos “coletes amarelos”, já morreram 11 pessoas (em acidentes relacionados com o movimento) e cerca de duzentas ficaram feridas com gravidade (algumas dezenas feridas nos olhos ou nos membros).

O luso-francês Jérôme Rodrigues, de 39 anos e que foi atingido gravemente no olho direito no sábado passado por uma bala de borracha, foi um dos líderes da manifestação de hoje em Paris.

Quando começaram os confrontos, cerca das 15h30 locais (14h30 em Lisboa), Jérôme apelou à desmobilização dos “coletes” mas, mais de uma hora depois, os incidentes continuavam muito duros, na praça da República.

As novas manifestações deste sábado decorrem depois de ter sido lançado pelo Presidente Emmanuel Macron, há poucas semanas, o “Grande Debate Nacional” sobre as reivindicações dos “coletes”.

Mas, visivelmente, esta iniciativa não chega para acalmar a crise dos “coletes amarelos” em França.

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