Manifestações em França e Itália contra « Passe Sanitário »

Covid-19: Manifestações em França e Itália contra « Passe Sanitário »

 

linkedin sharing buttonMilhares de pessoas voltaram a manifestar-se hoje em várias cidades italianas e francesas contra a instauração de um certificado sanitário covid-19 para assistir a eventos em recintos fechados e também no setor da educação. No caso da França será obrigatório apresentar o « passe » nos comércios e até nos comboios de longa distância.

O passaporte verde tornou-se obrigatório em Itália na sexta-feira para entrar em cinemas, museus, em recintos desportivos fechados e no interior de restaurantes.

Para os que trabalham em escolas e universidades também será necessário, assim como para estudantes, a partir de 01 de setembro, sendo ainda obrigatório em voos domésticos e viagens de comboio de longa distância, tal como em França, onde os trabalhadores do setor da saúde são obrigados a vacinar-se.

Este certificado está a ser utilizado como um instrumento de luta contra a pandemia de covid-19, que em Itália já fez mais de 128.000 mortos.

Em França, os protestos contra o certificado de saúde decorreram em várias cidades pela quarta semana consecutiva

As novas manifestações francesas aconteceram dois dias depois de o Tribunal Constitucional francês aprovar a maioria das disposições de uma nova lei que expande o conjunto de locais a cujo acesso é obrigatória a apresentação de passes de saúde válidos.

A partir de segunda-feira, o passe será necessário em França para aceder a cafés, restaurantes, viagens de longa distância e, em alguns casos, hospitais.

A obrigatoriedade da apresentação do passe estava já em vigor para o acesso a locais culturais e recreativos, incluindo cinemas, salas de concertos e parques temáticos com capacidade para mais de 50 pessoas.

Uma multidão de manifestantes pacífica atravessou Paris acompanhada por polícia antimotim equipada a rigor, exibindo bandeiras em que se que liam frases ou “slogans” como: “As nossas liberdades estão a morrer” e “Vacina: Não toquem nos nossos filhos”.

Muriel, 55 anos, uma parisiense que se recusou a revelar o seu apelido, disse à agência Associated Press (AP) que protesta especialmente “contra a vacinação obrigatória disfarçada”. “É um golpe inacreditável contra as nossas liberdades fundamentais e por isso não estou de acordo ».

Ghislain, 58 anos, que também não deu o seu apelido, chamou a atenção para as greves de trabalhadores hospitalares e bombeiros, esperadas já a partir de segunda-feira, e para o movimento de boicote esperado aos restaurantes.

A França regista diariamente mais de 21.000 novos casos confirmados de contaminação pelo vírus SARS-CoV-2, numa tendência de subida pronunciada desde há um mês, e mais de 112.000 pessoas já morreram por razões associadas à Covid-19.

Mais de 36 milhões de pessoas em França – cerca de 54% da população – estão totalmente vacinadas.

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