Marcelo reúne-se esta quarta-feira com Bolsonaro

Encontro vai realizar-se um dia após a tomada de posse do novo Presidente brasileiro

Alfa/LUSA/Expresso

O chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa, vai reunir-se com o novo Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, esta quarta-feira, em Brasília, no dia seguinte à sua posse, disse à Lusa fonte diplomática. O encontro está marcado para as 10h45 locais (12h45 em Lisboa), no Palácio do Planalto, adiantou a mesma fonte.

Marcelo Rebelo de Sousa chegou esta segunda-feira a Brasília, juntamente com o Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, para assistir à cerimónia de posse de Jair Bolsonaro como Presidente do Brasil, que se realiza esta terça-feira. O Presidente da República viajou de Lisboa no domingo, em voo da Força Aérea Portuguesa, com escala em Cabo Verde.

São esperados nesta cerimónia de posse sobretudo presidentes de países sul-americanos como Chile, Colômbia, Peru, Uruguai, Paraguai e Bolívia e também os primeiros-ministros da Hungria, Viktor Orbán, e de Israel, Benjamin Netanyahu, e o secretário de Estado dos Estados Unidos da América, Mike Pompeo.

A 29 de outubro, um dia após a eleição de Jair Bolsonaro, o chefe de Estado português defendeu que Portugal e o Brasil « têm de se dar bem » e disse esperar « um trabalho em conjunto a nível de chefes de Estado » durante o mandato do novo Presidente brasileiro. Marcelo Rebelo de Sousa salientou na altura que « há uma comunidade portuguesa e lusodescendente fortíssima no Brasil, de várias gerações, e agora há uma comunidade brasileira fortíssima em Portugal ».

O candidato de extrema-direita Jair Bolsonaro, de 63 anos, capitão do Exército brasileiro na reforma, filiado no Partido Social Liberal (PSL), foi eleito o 38.º Presidente da República Federativa do Brasil – atingiu 55,1% dos votos na segunda volta das eleições presidenciais brasileiras, a 28 de outubro. O seu adversário, Fernando Haddad, candidato do Partido dos Trabalhadores (PT), obteve 44,9% dos votos, numas eleições com cerca de 147,3 milhões de eleitores inscritos e em que a abstenção registada foi de 21,3%, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral do Brasil.

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