
A Ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, estará esta sexta-feira, 11 de abril, em Paris para inaugurar a exposição “Onde terá segura a curta vida? Camões e a vida como viagem”, patente na sede da UNESCO até ao próximo dia 21.
A mostra insere-se no âmbito das comemorações dos 500 anos do nascimento de Luís de Camões e propõe uma reflexão profunda sobre a viagem como metáfora da condição humana, tendo como ponto de partida a vida e a obra do poeta.
A cerimónia contará ainda com a presença do Comissário-Geral da Estrutura de Missão para as Comemorações do V Centenário de Camões, José Augusto Cardoso Bernardes, bem como dos Comissários Adjuntos Diogo Ramada Curto e Joaquim José Coelho Ramos.
Com curadoria de Anísio Franco, Filipa Oliveira e Paulo Pires do Vale, e conceção museográfica assinada por Francisco Aires Mateus, a exposição reúne um conjunto diversificado de obras que cruzam várias linguagens artísticas — das artes plásticas ao cinema, passando pela música e a literatura.
Entre os autores representados encontram-se nomes como Adrian Paci, Alberto Carneiro, Ângela Ferreira, Graça Castanheira, Horácio Frutuoso, José Almeida Pereira e Mário Linhares, numa seleção que valoriza o diálogo entre diferentes expressões artísticas e o pensamento camoniano.
Um dos momentos simbólicos da mostra será a evocação da pintura desaparecida “A Morte de Camões”, de Domingos Sequeira, representada no espaço expositivo por uma moldura vazia com as dimensões da obra original. Esta evocação será acompanhada pela leitura do poema “Camões dirige-se aos seus contemporâneos”, da autoria de Jorge de Sena, na voz do próprio poeta.
“Onde terá segura a curta vida?” propõe ao visitante uma experiência multidisciplinar e sensorial, que convida à redescoberta de Camões enquanto figura universal e intemporal. A exposição aborda temas como a fragilidade da vida, o nomadismo e a constante procura de significado, refletindo sobre a atualidade das questões que atravessam o legado camoniano.