Ministra da Defesa portuguesa em visita a Kiev um ano depois do início da invasão russa

(Foto oficial da ministra da Defesa, Helena Carreiras)

Ministra da Defesa portuguesa em visita a Kiev. Entretanto, o PR Marcelo manifesta « apoio inquebrantável » de Portugal à Ucrânia.

email sharing button
linkedin sharing buttonAlfa/ com Lusa (adaptação Alfa)
whatsapp sharing buttonA ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, está hoje em Kiev, a convite do seu homólogo ucraniano, no dia em que se assinala um ano do início da invasão russa.

Esta informação foi avançada à agência Lusa pelo Ministério da Defesa português, que não deu mais pormenores do programa da visita por razões de segurança.

A visita a Kiev ocorre a convite de do ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov.

No início do mês, o primeiro-ministro António Costa anunciou que Portugal tem em execução o plano de manutenção dos tanques Leopard 02 e que está em condições de dispensar três para a Ucrânia no próximo mês de março.

No dia 14 de fevereiro, em Bruxelas, Helena Carreiras disse que Portugal, neste momento, não pode fornecer mais armamento à Ucrânia, apesar do apelo do secretário-geral da NATO nessa semana, justificando esta posição com a necessidade de equilibrar o auxílio a Kiev com as capacidades portuguesas.

A ministra concordou com o secretário-geral, mas defendeu “o equilíbrio”: “Nós ajudámos a Ucrânia, ajudamo-la com o material que podemos disponibilizar em cada momento, procurando o equilíbrio entre essa ajuda e a manutenção das nossas capacidades.”

Portugal mantém o final de março como o prazo para entrega dos Leopard 02 e está a trabalhar com a Alemanha para conseguir colocá-los no território ucraniano por essa altura.

No passado dia 20 de janeiro, o Ministério da Defesa anunciou que Portugal ia enviar mais 14 viaturas blindadas M113 e oito geradores elétricos de grande capacidade para a Ucrânia, elevando “para 532 toneladas o total de equipamento militar, letal e não letal” fornecido ao país.

“Portugal vai enviar para a Ucrânia um segundo conjunto de 14 viaturas blindadas de transporte de pessoal M113, oito geradores de grande capacidade para produção de energia elétrica, mais munições de 120mm e mais duas toneladas de equipamento médico e sanitário”, lia-se num comunicado do Ministério da Defesa à data, divulgado após uma reunião do Grupo de Contacto para a Defesa da Ucrânia, que decorreu naquele dia na Alemanha.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas – 6,5 milhões de deslocados internos e mais de oito milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, pelo menos 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.199 civis mortos e 11.756 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

Entretanto, o Presidente da República manifestou hoje o « apoio inquebrantável » de Portugal à Ucrânia e reiterou a convicção de que a liberdade e a paz irão triunfar sobre « esse ato intolerável » cometido pela Rússia.

« Um ano depois do início da guerra na Ucrânia, mantemos o apoio inquebrantável à sua legítima defesa, aos seus refugiados, à sua reconstrução, à sua vocação europeia », escreve Marcelo Rebelo de Sousa numa nota colocada no portal da Presidência da República na Internet intitulado « No Regresso da Guerra à Europa ».

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