Ministro das Finanças vai hoje ao parlamento sobre indemnização a Alexandra Reis
Esta quarta-feira, o grupo parlamentar do Partido Socialista ‘chumbou’ os requerimentos do PSD, PCP, BE e Chega para chamar a audições na Assembleia da República Pedro Nuno Santos, Fernando Medina, Alexandra Reis e os responsáveis da TAP.
No mesmo dia, PSD anunciou que iria recorrer ao direito potestativo, para forçar a audição de Fernando Medina.
Em 27 de dezembro, o ministro das Finanças, Fernando Medina, demitiu Alexandra Reis das funções de secretária de Estado do Tesouro, menos de um mês depois de a ter convidado para este lugar no Governo e ao fim de quatro dias de polémica com a indemnização de 500 mil euros que esta gestora de carreira recebera da TAP, empresa então tutelada pelo ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, que se demitiu um dia depois para « assumir a responsabilidade política » do caso.
No dia 30 de dezembro, o ministro das Finanças disse que a sua mulher não sabia nem participou no processo de negociação da indemnização de Alexandra Reis, afirmando serem falsas as insinuações de que chefiava o departamento jurídico da TAP à data dos factos.
« A minha mulher no momento em que o acordo é feito não se encontrava na empresa [TAP] pela simples razão que se encontrava de licença de maternidade pelo nascimento da nossa filha, que nasceu em dezembro », afirmou o Fernando Medina, acentuando que não estava, por isso, na empresa em fevereiro, tendo depois, em março, apresentado o seu pedido de demissão como quadro da transportadora área.
Segundo Fernando Medina, por esse motivo, a sua mulher « não estava na empresa, não teve conhecimento, não negociou, não participou e nada teve a ver com esse processo ».
Na segunda-feira, o primeiro-ministro, António Costa, falou pela primeira vez publicamente sobre a polémica, pouco depois de anunciar os atuais secretários de Estados João Galamba e Marina Gonçalves para as funções de ministro das Infraestruturas e de ministra da Habitação, respetivamente, considerando que asseguram continuidade de políticas, transparência de ação e experiência, evitando-se « abrandamento » na execução do programa governativo.