Morreu Kofi Annan, antigo secretário-geral das Nações Unidas. Foi no seu mandato que teve início o processo que levou à independência de Timor-Leste.
« O filho do Gana » morreu este sábado. Tinha 80 anos. Foi secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) entre 1997 e 2006, ano em que ganhou o prémio Nobel da Paz. Kofi Annan foi o primeiro africano a desempenhar opapel mais prestigiado na diplomacia mundial. António Guterres diz que ele foi « uma força orientadora para o bem ». Foi com o diplomata que se deu início à independência de Timor.
Adaptação Alfa/Expresso, por MIGUEL SANTOS CARRAPATOSO
Kofi Annan, antigo secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e prémio Nobel da Paz de 2001, morreu este sábado, aos 80 anos.
A informação foi avançada este sábado pela família e pela fundação criada por Kofi Annan. “É com imensa tristeza que a família Annan e a Fundação Kofi Annan anunciam que Kofi Annan, antigo secretário-geral das Nações Unidas e Prémio Nobel da Paz, morreu pacificamente no sábado 18 de agosto após uma curta doença”, diz o comunicado partilhado na conta do próprio Kofi Annan no Twitter.
O mesmo comunicado também que o diplomata esteve acompanhado pela sua mulher e pelos três filhos nos últimos dias de vida. « Kofi Annan era um estadista global e um internacionalista profundamente empenhado que lutou ao longo da sua vida por um mundo mais justo e mais pacífico. Durante a sua distinta carreira e liderança das Nações Unidas foi um defensor da paz, do desenvolvimento sustentável, dos direitos humanos e da justiça », pode ler-se.
Nascido em Kumasi, no atual Gana, a 8 de Abril de 1938, Kofi Annan foi o primeiro negro a assumir a liderança da ONU, tendo ocupado vários cargos no interior da organização. O « filho do Gana », como agora é recordado, cumpriu dois mandatos à frente das Nações Unidas, entre 1997 e 2006.
Kofi Annan encontrava-se hospitalizado em Berna, na Suíça, na companhia de Nane, a sua mulher, e os filhos: Ama, Kojo e Nina.
Kofi Annan foi o primeiro africano a desempenhar opapel mais prestigiado na diplomacia mundial. António Guterres diz que ele foi « uma força orientadora para o bem ». Foi com o diplomata que se deu o início à independência de Timor.