(Por Daniel Ribeiro – Alfa)
Morreu Lídia Sales, cofundadora com o marido, Gomes de Sá, do grupo Lusopress, com sede em Paris.
Guardarei dela para sempre a imagem de uma mulher com largo e simpático sorriso de franqueza e amizade na forma tão espontânea como se dirigia aos outros.
Muito mais do que isso: guardarei o sorriso de generosidade e de bondade na maneira tão especial nela – tão natural que chegava a ser desconcertante – de se dirigir às pessoas, até quando a questão era, simplesmente, falar de trabalho.
Porque Lídia Sales trabalhava e muito. Dirigiu com o marido a Lusopress e, com ele, fez crescer o grupo, nomeadamente na direção do audiovisual e através do evento que todos passaram a conhecer como « Portugueses de Valor ».
No seu trabalho promoveu os chamados empresários emigrantes de sucesso, que no estrangeiro começaram por ser muito poucos e, depois, passaram a ser às centenas. Sempre ao lado, ou à frente, talvez, quem sabe?, de Gomes de Sá, revelou que eles existiam e que eram muitos – e isso tem de ser assinalado.
Com o marido teve esse mérito: reuniu os empresários portugueses do mundo inteiro num projeto que ajudou Portugal e seus governantes a conhecer o que até certa altura desconheciam – e até chegavam a olhar com desprezo.
Confirmei-o numa das edições, em Bragança, onde se misturaram empresários de quase todo o mundo, alguns deles ligados de perto à solidariedade e à ajuda aos mais pobres.
Lídia Sales teve muito mérito no trabalho que fez.
Chamava-se Lídia Maria Pinheiro Sales Gomes de Sá, tinha 68 anos, foi viver para França em 2003.
Nasceu em Lisboa na freguesia de Penha de França.
Faleceu hoje. Era minha amiga.