
Dahbia Benkired, uma argelina de 27 anos, foi condenada esta sexta-feira à prisão perpétua pelo homicídio e violação agravada de Lola Daviet, uma menina de 12 anos. O caso, ocorrido em 2022, provocou comoção em França e relançou o debate sobre a imigração.
A justiça francesa decidiu aplicar-lhe a pena mais severa existente no país, com um período mínimo de 30 anos de prisão antes de qualquer possibilidade de revisão. Trata-se de uma decisão rara, que faz de Benkired a primeira mulher a receber tal sentença.
O corpo de Lola foi encontrado dentro de uma mala, a poucos metros da casa dos pais, em Paris, horas depois do seu desaparecimento. Imagens de videovigilância mostraram a arguida a entrar no prédio com a adolescente e a sair mais tarde com uma mala “manchada de sangue”.
Durante o julgamento, Dahbia Benkired admitiu ter levado a menina para o apartamento da irmã, onde a obrigou a tomar banho antes de cometer atos de violência e agressão sexual que resultaram na morte da jovem. Avaliada por psiquiatras, foi considerada psicopata, mas mentalmente responsável pelos seus atos.
Casos de prisão perpétua são excecionais em França, sendo geralmente aplicados apenas em crimes de extrema gravidade, como os de Michel Fourniret, assassino em série, ou Salah Abdeslam, envolvido nos atentados de Paris de 2015.

Com Agências.