Alfa/ Daniel Ribeiro. Opinião
« Plus impopulaire que jamais, Emmanuel Macron se prépare à une interminable et douloureuse fin de règne ».
Este é um título do jornal Le Monde. Fim de reino para Emmanuel Macron?
Sem maioria, o PR Macron está completamente dependente de Michel Barnier e do seu Governo, com quem não tem boas relações e também ele (Barnier) não contando com uma maioria na Assembleia.
Em França, o futuro é um enigma, tanto devido aos problemas políticos como económicos, porque a sua dívida pública atinge cumes históricos.
« A 3 228 milliards d’euros, l’endettement de la France n’a jamais été aussi élevé. Il représente 112 % du PIB, au lieu des 60 % maximum prévus par les règles européennes », escreve Le Monde.
É evidente que as angustiantes guerras sem fim na Ucrânia, Rússia ou no Médio Oriente, com armas de tal modo sofisticadas que só aguns « especialistas » conseguem explicar porque são utilizadas, nos deixam perplexos e são bem mais graves, sem comparação, do que a situação política em França.
Por exemplo, a tentativa de eliminação de um povo histórico – o palestiniano – a pretexto dos horrores cometidos pelo Hamas, é horrível. Alguém pensou em matar todos os alemães, ou limpar a Alemanha do mapa, devido aos crimes sem qualificação cometidos pelo regime de Hitler?
Vivemos num mundo angustiante.
Veremos o que se passa com os resultados das eleições americanas. Para já, o que se sabe, com Harris ou Trump, é que em relação à Europa (Ucrânia) e a Israel nada mudará. Armas continuarão a ser fornecidas em massa por republicanos ou democratas.
Pelo seu lado, a Rússia continuará na sua senda de atacar a Ucrânia, sem compaixão….
Não vivemos num mundo apenas angustiante. Vivemos num mundo horroroso.