Covid-19. Trabalhadores eslovacos sem certificado de vacina ficam sem salário
O Governo da Eslováquia, país que registou ontem um recorde de contágios diários de covid-19 desde o início da pandemia, anunciou que deixará de pagar salário aos trabalhadores sem certificado oficial de vacinação.
As forças policiais, segundo o Governo eslovaco, têm o poder suficiente para encerrar as empresas que entrem em incumprimento.
A norma geral estabelece que, quem não tenha um certificado de vacina, passará à situação de férias não remuneradas, embora as empresas que não o desejem possam acordar condições particulares para que os seus funcionários possam trabalhar a partir de casa, sem a necessidade de se deslocarem para os respetivos locais de trabalho.
Segundo dados do Ministério da Saúde eslovaco, a Eslováquia, país com cerca de 5,45 milhões de habitantes, tem um índice de vacinação completa de 45%.
Os dados de hoje indicam que, das 2.478 pessoas contaminadas — 438 em unidades de cuidados intensivos –, 80% não foram vacinadas nem com a primeira dose.
A medida anunciada hoje pelo Governo terá ainda de ser aprovada pelo Parlamento, que o analisará no quadro de um debate de urgência, algo que não apresenta problemas para o executivo, integrado por conservadores, liberais e populistas.
Terça-feira, a Presidente eslovaca, Zuzana Caputova, exigiu ao Governo « coragem » para legislar com urgência medidas « impopulares », lembrando as « projeções catastróficas » feitas pelos especialistas.
No inverno passado, a Eslováquia foi um dos países mais atingidos pela segunda onda de covid-19, maioritariamente com a variante Delta, liderando a lista de mortalidade mundial com mais de 16 mortes diárias por milhão de habitantes em sete dias.
Desde o início da pandemia, a Eslováquia acumulou cerca de 527 mil casos de covid-19 (quase 5.000 novos casos nas últimas 24 horas) e pouco mais de 13.300 mortes (mais 45).
A covid-19 provocou pelo menos 5.062.911 mortes em todo o mundo, entre mais de 250,81 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.