Não há só emigrantes na Europa. Certificado Digital só para quem tem vacinas aprovadas pela UE

 

A 1 de julho o Certificado Digital Covid da UE entra em vigor em Portugal e em toda a União. Mas nem todos os emigrantes portugueses espalhados pelo mundo vão poder beneficiar dele para as suas viagens – depende das vacinas que lhe foram inoculadas nos países onde residem.

“O certificado digital vai fazer a diferença. Pessoas que estejam vacinadas vão poder viajar sem fazerem teste e isso é muito importante porque fazer teste tem um custo acrescido. Quem se vacinar vai poder viajar para Portugal sem fazer teste nem quarentena”, garantiu a secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Berta Nunes, dando luz verde aos vários emigrantes portugueses e lusodescendentes que vivem no estrangeiro para visitar Portugal nestas férias de verão.

No entanto, há um detalhe importante que Berta Nunes não explicou, porque há portugueses espalhados por todo o mundo e, segundo fonte oficial da Direção-Geral da Saúde (DGS), os emigrantes e seus descendentes que queiram entrar na UE com o certificado digital  (válido a partir de 1 de julho) deverão ter sido inoculados com uma das vacinas aprovadas pela Comissão Europeia, seguindo as recomendações da Agência Europeia de Medicamentos, ou seja, as da Pfizer/BioNTech, Moderna, AstraZeneca e Janssen.

De fora ficam as vacinas Sinopharm, a Sinovac e a CoronaVac (chinesas), Sputnik (russa), Covaxin (indiana), Epivaccorona (russa) ou a Soberana (cubana).

Esta realidade pode causar problemas importantes às comunidades fora da Europa, na África, no Brasil, na Ásia, na América do Norte ou outros locais. Por exemplo. no Brasil, muitos foram vacinados com a CoronaVac, que não consta da lista aprovada pela Comissão Europeia, o que faz com que só possam pedir o certificado digital com um comprovativo de recuperação da doença ou com um teste PCR com resultado negativo.

 

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