
Não haverá julgamento. Marvin C. nunca será julgado pelo assassinato de sua companheira Sandy, de 34 anos, no início de janeiro em Brétigny-sur-Orge (Essonne). O homem de 29 anos suicidou-se na noite de sexta para sábado.
Marvin C. foi preso na noite de 7 para 8 de janeiro pelas forças de segurança ao sair de seu apartamento, localizado na rua Georges-Charpak, nº 7. Sua companheira acabava de ser espancada até a morte, na presença da filha do casal, de 4 anos, e do filho do agressor, de 7 anos. A autópsia realizada no dia seguinte revelou “um traumatismo crânio-facial com hemorragia intracraniana e uma fratura da laringe”, causados pelos “muitos golpes desferidos contra a cabeça” da vítima. As duas crianças também teriam sido vítimas das agressões.
Naquela noite, Marvin C., já conhecido pela justiça, notadamente por casos de “condução sob efeito de álcool”, “violência contra ascendentes” e “violência em grupo”, teria atacado brutalmente sua companheira. Ele a teria matado no banheiro, no momento em que a polícia tentava, sem sucesso, abrir a porta do apartamento com um aríete. Em seguida, ele se lançou contra os policiais armado com duas facas, mas foi neutralizado com uma pistola de choque elétrico e algemado.
Dado o seu estado – ele teria pronunciado palavras delirantes antes e depois de sua prisão –, Marvin C., inicialmente colocado sob custódia, não pôde ser interrogado. O homem foi então internado compulsoriamente em um hospital sob forte vigilância. As primeiras constatações revelaram sérios distúrbios de saúde mental.
No último dia 18 de janeiro, por iniciativa da prefeitura, uma marcha silenciosa foi organizada nas ruas de Brétigny-sur-Orge. Cerca de 500 pessoas compareceram para prestar homenagem a Sandy, vítima do terceiro feminicídio do ano de 2025 na França.
Rádio Alfa com Le Parisien