« Não nos podemos juntar, mesmo com máscaras » – Graça Freitas sobre manifestações contra o racismo

« Não nos podemos juntar, mesmo com máscaras », reforça Graça Freitas depois de ver as imagens da manifestação contra o racismo

Expresso. Por Ana França

« Acabei de ver imagens de manifestações e movimentos na cidade de Lisboa. O controlo da doença depende do comportamento das pessoas. Seja em festas ou ajuntamentos no exterior, não nos podemos juntar, mesmo com máscaras », afirmou a diretora-geral da Saúde, na conferência de imprensa de apresentação do boletim epidemiológico da doença nas últimas 24 horas em Portugal.

Centenas de pessoas desceram esta tarde algumas das principais ruas de Lisboa numa manifestação contra o racismo denominada « Vidas Negras Importam », a evocar, de forma pacífica, os protestos que ocorrem nos Estados Unidos, na sequência da morte do cidadão afro-americano George Floyd, que morreu em 25 de maio depois de um polícia branco lhe ter pressionado o pescoço com um joelho durante cerca de oito minutos, numa operação de detenção, apesar de Floyd dizer que não conseguia respirar.

A maior parte das pessoas que estiveram na manifestação na capital portuguesa eram jovens e a maioria estava de máscara, mas sem respeitar a distância social imposta pela prevenção da covid-19. Registaram-se também ações similares noutras cidades, nomeadamente, Porto e Coimbra.

« A máscara é uma medida adicional, ajuda a proteger-nos e é um método de barreira, mas não nos dá imunidade, senão o assunto do mundo estava resolvido. O nosso apelo continua a ser para o comportamento das pessoas, é disso que depende o controlo da epidemia no nosso país, como dependeu nos outros países », reforçou Graça Freitas.

(Também se verificaram manifestações idênticas um pouco por todo o mundo)

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