No primeiro trimestre de 2019, foram rastreados 21.348 recém-nascidos, de acordo com os número dos « testes do pezinho », o valor mais elevado dos primeiros trimestres dos últimos sete anos.
Nos três primeiros meses do ano, nasceram, pelo menos, mais 984 crianças face ao mesmo período de 2018, quando tinham sido estudados 20.364 recém-nascidos no âmbito Programa Nacional de Diagnóstico Precoce.
Desde 2012 (21.750) que não eram estudados tantos recém-nascidos nos primeiros três meses do ano, observam os dados baseados nos « testes do pezinho » que cobrem quase a totalidade dos nascimentos em Portugal, apesar de não ser um teste obrigatório.
Em 2014, foram realizados no primeiro trimestre do ano 19.574 testes, número que subiu para 21.348 este ano, mais 1.776, o que significa um aumento de 9%.
Lisboa foi o distrito com mais exames realizados (6.419), seguido do Porto (3.814), Setúbal (1.596), Braga (1.562), Aveiro (1.091) e Faro (1.082).
Guarda foi o distrito onde menos crianças realizaram o teste (165), segundo os dados do programa coordenado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através da sua Unidade de Rastreio Neonatal, Metabolismo e Genética, do Departamento de Genética Humana
Janeiro foi o mês que registou o maior número de exames feitos (8.291), seguido de março (6.642) e de fevereiro (6.415).
Em 2018, houve 86.827 recém-nascidos, mais 674 do que em 2017, ano em que foram realizados 86.180 « testes do pezinho ».
O « teste do pezinho » é efetuado a partir do terceiro dia de vida do recém-nascido, através da recolha de umas gotículas de sangue no pé da criança, e permite atualmente detetar 26 doenças, 25 das quais de origem genética, possibilitando uma atuação precoce e um desenvolvimento mais saudável das crianças.
Este rastreio permite identificar as crianças que sofrem de doenças, quase sempre genéticas, como a fenilcetonúria ou o hipotiroidismo congénito, que podem beneficiar de tratamento precoce.
Alfa/Lusa/TSF