« Num momento em que está a lançar-se o
Consulado virtual, uma ferramenta que irá ajudar as Comunidades Portuguesas residentes no estrangeiro a resolver on-line uma série de questões administrativas, continua pendente a possibilidade de
votar-se eletronicamente cá fora, um dos pontos que consta na petição e que constitui uma reivindicação defendida na Diáspora há pelos menos 20 anos », afirma Pedro Rupio.
A uniformização dos métodos de votação para todas as eleições – europeias, presidenciais e legislativas – em que as Comunidades Portuguesas podem votar é o segundo ponto defendido na petição. « Para fomentar a participação eleitoral dos portugueses residentes no estrangeiro, está comprovado que o voto presencial nos Consulados tem sempre tido resultados alarmantes com uma abstenção média em torno dos 99%. Já com o voto postal, a participação eleitoral chegou a ultrapassar os 250.000 votantes nas últimas eleições legislativas », explica o antigo Presidente do CCP – Europa.
« As Comunidades Portuguesas querem votar e fazem-no quando lhes são apresentadas condições efetivas de participação », acrescenta Rupio.
« Finalmente, afirma o conselheiro, os peticionários defendem o aumento do número de Deputados eleitos pelos círculos da Emigração. Dos 230 Deputados da Assembleia da República, apenas 4 representam 5 milhões de portugueses e lusodescendentes. Os peticionários consideram que o Parlamento não reflete a realidade da nação portuguesa.
Entretanto, ainda no domínio do voto dos eleitores no estrangeiro, a Lusa anuncia que o
PS pede ao Governo para esclarecer se voto antecipado e em mobilidade abrange eleitores no estrangeiro
Estas perguntas, entregues no parlamento na quarta-feira, foram dirigidas ao ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, e visam esclarecer o âmbito da proposta de lei do Governo, aprovada em Conselho de Ministros em maio, que altera a eleição para o Parlamento Europeu para prever o voto em mobilidade em território nacional e no estrangeiro.
Em declarações à agência Lusa, o deputado do PS Paulo Pisco considerou ser “muito importante” que todos os eleitores no estrangeiro “tenham uma noção clara das potencialidades que se abrem com o voto em mobilidade” aplicado nas comunidades portuguesas.
“É importante que todos os eleitores percebam que, com o voto em mobilidade, (…) cada eleitor inscrito num posto consular, como por exemplo em Paris ou Estugarda, pode votar em qualquer outra parte do mundo, inclusivamente em Portugal”, destacou.