Às 14h locais (menos uma hora em Portugal continental), decorriam em França diversas manifestações dos “coletes amarelos”, pelo 22º sábado consecutivo de mobilização pelo aumento do poder de compra e contra a política social de Emmanuel Macron.
O jovem chefe do Estado continua a ser acusado de ser o “Presidente dos ricos”, apesar das cedências ao movimento (na ordem de 10 mil milhões de euros) anunciadas no início de dezembro do ano passado.
O centro da revolta foi convocado este sábado para Toulouse (no sul do país) onde se verificaram confrontos de manifestantes com a forças policiais e incêncios de barricadas e de caixotes do lixo desde o fim da manhã.
Em Paris, decorrem neste momento três manifestações e a tensão é enorme.
Além de criticarem a política do Governo e do Presidente, os “coletes amarelos” atacam também as recentes medidas governamentais de restrição da liberdade de manifestar em França.
Hoje, diversas zonas centrais de Paris, bem como de Toulouse, de Lyon e de outras cidades, estão completamente fechadas à circulação. As manifestações foram proibidas em zonas centrais e estratégicas das principais metrópoles, designadamente, na capital francesa, numa vasta zona à volta dos Campos Elísios e junto ao Palácio do Eliseu e também de diversos ministérios e da Assembleia Nacional.
O Presidente Emmanuel Macron, que deverá anunciar, até à próxima quarta-feira, medidas para responder a esta crise, encontra-se sob forte pressão da rua.
O movimento dos “coletes” dura desde 17 de novembro do ano passado e é já o movimento social mais radical e mais longo da História da República francesa.