Novas manifestações radicais em França dos “coletes amarelos”, nas vésperas do Presidente Macron falar ao país

Confrontos, gases lacrimogéneos e barricadas incendiadas ao princípio da tarde, em Toulouse, cidade declarada “capital” do “Ato 22” da revolta dos “coletes”. Trata-se do 22º segundo sábado consecutivo de manifestações em França. O PR Emmanuel Macron continua sob pressão, a dias de anunciar medidas de resposta à crise social

Foto GUILLAUME HORCAJUELO

Alfa/Expresso. Por Daniel Ribeiro

Às 14h locais (menos uma hora em Portugal continental), decorriam em França diversas manifestações dos “coletes amarelos”, pelo 22º sábado consecutivo de mobilização pelo aumento do poder de compra e contra a política social de Emmanuel Macron.

O jovem chefe do Estado continua a ser acusado de ser o “Presidente dos ricos”, apesar das cedências ao movimento (na ordem de 10 mil milhões de euros) anunciadas no início de dezembro do ano passado.

O centro da revolta foi convocado este sábado para Toulouse (no sul do país) onde se verificaram confrontos de manifestantes com a forças policiais e incêncios de barricadas e de caixotes do lixo desde o fim da manhã.

Em Paris, decorrem neste momento três manifestações e a tensão é enorme.

Além de criticarem a política do Governo e do Presidente, os “coletes amarelos” atacam também as recentes medidas governamentais de restrição da liberdade de manifestar em França.

Hoje, diversas zonas centrais de Paris, bem como de Toulouse, de Lyon e de outras cidades, estão completamente fechadas à circulação. As manifestações foram proibidas em zonas centrais e estratégicas das principais metrópoles, designadamente, na capital francesa, numa vasta zona à volta dos Campos Elísios e junto ao Palácio do Eliseu e também de diversos ministérios e da Assembleia Nacional.

O Presidente Emmanuel Macron, que deverá anunciar, até à próxima quarta-feira, medidas para responder a esta crise, encontra-se sob forte pressão da rua.

O movimento dos “coletes” dura desde 17 de novembro do ano passado e é já o movimento social mais radical e mais longo da História da República francesa.

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