Escultura de Jeff Koons vendida por 81 milhões de euros

US artist Jeff Koons poses for photographs with his work of art entitled 'Rabbit 1986' during the press view of the 'Pop Life, Art In A Material World' exhibition at the Tate Modern, in London, on September 29, 2009. The exhibition will run from October 1 to January 17, 2010. AFP PHOTO/Ben Stansall (Photo credit should read BEN STANSALL/AFP/Getty Images)

A escultura Rabbit foi vendida por 91 milhões de dólares (81 milhões de euros) num leilão da Christie’s em Nova Iorque,  estabelecendo um novo máximo.

AFP PHOTO/Ben Stansall

A escultura Rabbit, do artista americano Jeff Koons, foi vendida por 91 milhões de dólares (81 milhões de euros) num leilão da Christie’s em Nova Iorque, esta quarta-feira, estabelecendo um novo recorde no valor pago por uma peça de um artista vivo.

A peça do americano, criada em 1986, é considerada um dos ícones da arte do século XX e supera o preço histórico alcançado há apenas seis meses pela pintura do britânico David Hockney – ​Retrato de um Artista (Piscina com Duas Figuras) –, vendida por 90 milhões de dólares em Novembro.

Há apenas quatro esculturas de Rabbit, feitas em aço inoxidável, mas esta é a única que ainda permanece em mãos privadas, uma vez que as restantes pertencem a museus de Los Angeles, e de Chicago, nos Estados Unidos, e do Qatar.

Jeff Koons é conhecido do grande público, essencialmente, pelas esculturas grandiosas, inspiradas em objectos da cultura de massas, feitas em materiais inusitados. Entre os trabalhos que muita gente conhece encontramos Puppy, o cão de flores que está à entrada do Guggenheim de Bilbau, ou a série Made In Heaven, as fotos em que posa ao lado da ex-mulher, a actriz porno Cicciolina.

Para ele, a experiência individual de uma exposição é essencial. A arte está no observador, não no objecto, costuma dizer. O observador deve ter confiança nas suas próprias experiências e na sua visão particular da arte. Para adquirir essa confiança (que ele define como auto-aceitação) utiliza arquétipos, imagens populares, com as quais todos se podem relacionar.

Como quase todos os nomes mais conhecidos da arte contemporânea, provoca paixões desencontradas, explorando desde o início dos anos 1980 séries temáticas centradas no consumismo, na banalidade, na sexualidade e no prazer. Há quem considere a sua arte cínica e manipuladora e quem defenda que é um dos exemplos mais conseguidos de alguém que consegue que a arte aconteça dentro do espectador.

 

Alfa/Público

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